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Casa Branca mobiliza exército no Twitter em guerra política

Casa Branca quis desqualificar uma reportagem em especial sobre o lançamento do novo programa de saúde do governo federal

Obama: a NBC, acusou o governo de Barack Obama de ter feito promessas irreais ao dizer que os norte-americanos que estivessem satisfeitos com seu plano de saúde poderiam mantê-lo (REUTERS/Kevin Lamarque)
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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 08h59.

Washington - Em meio a muitas notícias desabonadoras sobre o lançamento do novo programa de saúde do governo federal, a Casa Branca quis desqualificar uma reportagem em especial.

Era da NBC, acusando o governo de Barack Obama de ter feito promessas irreais ao dizer que os norte-americanos que estivessem satisfeitos com seu plano de saúde poderiam mantê-lo. Segundo a emissora, o presidente afirmou isso apesar de saber que muita gente sofreria alterações na sua cobertura.

Funcionários da Casa Branca rapidamente começaram a responder pelo Twitter, que se tornou uma das armas mais poderosas e confiáveis do governo na tentativa de moldar a opinião pública e o conteúdo do noticiário.

Josh Earnest, porta-voz-adjunto de Obama, iniciou a ofensiva com uma série de tuítes dizendo que a lei da saúde pública protege os cidadãos contra mudanças na sua cobertura -- a não ser que as seguradoras tenham alterado tal cobertura.

"O ‘furo' da NBC cita a rotatividade normal no mercado de seguros individuais", tuitou Earnest a seus 9.500 seguidores do Twitter. A mensagem foi reproduzida 166 vezes, alcançando potencialmente 164 mil pessoas, segundo o Twitonomy, ferramenta analítica do Twitter.

Depois disso, funcionários da Casa Branca passaram uma hora tuitando e retuitando mais de uma dúzia de vezes mensagens sobre a reportagem da NBC, inclusive com interpelações diretas ao repórter responsável.

O debate sobre a honestidade de Obama ao tratar da lei da saúde pública, um dos marcos do seu primeiro mandato, prossegue. Mas, sob muitos aspectos, está claro que o Twitter se tornou tão importante quanto as entrevistas coletivas diárias para o arsenal de comunicação da Casa Branca.


As mensagens de 140 caracteres do microblog são mais rápidas do que um comunicado à imprensa, com uma abrangência mais ampla e direta do que as aparições nos canais a cabo de TV.

Seguindo uma estratégia defendida por Dan Pfeiffer, ex-assessor de Obama, a Casa Branca duplicou desde julho a sua presença no Twitter. Mas, na verdade, o exército tuiteiro da Presidência é apenas um dos participantes de uma guerra de mensagens travada nas redes sociais em Washington, e da qual participam também parlamentares e burocratas, tanto conservadores quanto liberais.

Quase todos os dias, a Casa Branca é o foco de farpas lançadas no Twitter por grupos conservadores como a Heritage Foundation, de personalidades digitais como Erick Erickson, do RedState.com, e de funcionários republicanos como Brendan Buck, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner.

Mas a operação da Casa Branca se destaca por sua agressividade, segundo analistas.

"Você nunca encontra uma organização que seja coletivamente tão boa no Twitter", disse Peter LaMotte, diretor de práticas das comunicações digitais na empresas Levick, que assessora grandes companhias sobre o uso das redes sociais A conta de Twitter mais famosa associada ao governo é a @BarackObama, com 39 milhões de seguidores. Mas ela na verdade é mantida pelo grupo político independente Organizing for Action, que tem fortes ligações com a Casa Branca.

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Funcionários da Casa Branca rapidamente começaram a responder pelo Twitter, que se tornou uma das armas mais poderosas e confiáveis do governo na tentativa de moldar a opinião pública e o conteúdo do noticiário.

Josh Earnest, porta-voz-adjunto de Obama, iniciou a ofensiva com uma série de tuítes dizendo que a lei da saúde pública protege os cidadãos contra mudanças na sua cobertura -- a não ser que as seguradoras tenham alterado tal cobertura.

"O ‘furo' da NBC cita a rotatividade normal no mercado de seguros individuais", tuitou Earnest a seus 9.500 seguidores do Twitter. A mensagem foi reproduzida 166 vezes, alcançando potencialmente 164 mil pessoas, segundo o Twitonomy, ferramenta analítica do Twitter.

Depois disso, funcionários da Casa Branca passaram uma hora tuitando e retuitando mais de uma dúzia de vezes mensagens sobre a reportagem da NBC, inclusive com interpelações diretas ao repórter responsável.

O debate sobre a honestidade de Obama ao tratar da lei da saúde pública, um dos marcos do seu primeiro mandato, prossegue. Mas, sob muitos aspectos, está claro que o Twitter se tornou tão importante quanto as entrevistas coletivas diárias para o arsenal de comunicação da Casa Branca.


As mensagens de 140 caracteres do microblog são mais rápidas do que um comunicado à imprensa, com uma abrangência mais ampla e direta do que as aparições nos canais a cabo de TV.

Seguindo uma estratégia defendida por Dan Pfeiffer, ex-assessor de Obama, a Casa Branca duplicou desde julho a sua presença no Twitter. Mas, na verdade, o exército tuiteiro da Presidência é apenas um dos participantes de uma guerra de mensagens travada nas redes sociais em Washington, e da qual participam também parlamentares e burocratas, tanto conservadores quanto liberais.

Quase todos os dias, a Casa Branca é o foco de farpas lançadas no Twitter por grupos conservadores como a Heritage Foundation, de personalidades digitais como Erick Erickson, do RedState.com, e de funcionários republicanos como Brendan Buck, porta-voz do presidente da Câmara, John Boehner.

Mas a operação da Casa Branca se destaca por sua agressividade, segundo analistas.

"Você nunca encontra uma organização que seja coletivamente tão boa no Twitter", disse Peter LaMotte, diretor de práticas das comunicações digitais na empresas Levick, que assessora grandes companhias sobre o uso das redes sociais A conta de Twitter mais famosa associada ao governo é a @BarackObama, com 39 milhões de seguidores. Mas ela na verdade é mantida pelo grupo político independente Organizing for Action, que tem fortes ligações com a Casa Branca.

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