Capriles diz ter responsabilidade de mudar a Venezuela
Capriles fez a declaração quando falta pouco mais de um mês e meio de uma campanha na qual se concentrou em assinalar o chavismo como o "velho"
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h25.
Caracas - O candidato da oposição à Presidência da Venezuela , Henrique Capriles, disse à Agência Efe que como parte de "uma nova liderança" tem a responsabilidade de "promover uma mudança histórica no país" com uma vitória nas urnas diante do presidente Hugo Chávez, no dia 7 de outubro.
Capriles fez a declaração quando falta pouco mais de um mês e meio de uma campanha na qual se concentrou em assinalar o chavismo como o "velho", após 14 anos consecutivos no poder.
Com seu falar pausado e gesticulando com as mãos, Capriles não hesita em afirmar que é parte "de uma nova liderança" opositora.
"Está em minhas costas o sucesso para que possamos ter realmente um país (...) moderno como querem os venezuelanos", acrescentou o candidato, que aos 40 anos exibe entre suas conquistas ter sido o presidente mais jovem da extinta Câmara dos Deputados e vice-presidente do Parlamento.
Com um histórico político impecável de cinco vitórias em igual número de processos eleitorais que o levaram a ser deputado, prefeito, governador e agora candidato da oposição, Henrique Capriles descreve sua carreira rumo à Presidência venezuelana como uma "luta de Davi contra Golias".
"É parte do momento histórico e parte do que significa para nós este processo, que é derrotar todo o abuso, todo o uso dos recursos públicos, todas as instituições, todo o aparelho do Estado", assegurou, ao se queixar que não há "nenhum poste de luz no país sem um cartaz de Chávez".
E apesar de na maioria das pesquisas os números não lhe serem favoráveis, Capriles acredita que pode ganhar as eleições com uma vantagem de mais de dois milhões de votos.
"Todos sabemos quais são os números reais. E no pior cenário nosso, hoje é uma concorrência fechada (...) No dia 7 de outubro, eu não vejo um final de fotografia, um final fechado", disse o líder opositor, com seu agora famoso boné com as três cores da bandeira venezuelana (amarelo, azul e vermelho), que foi questionado pelo poder eleitoral.
"Eu vejo uma vitória no dia 7 de outubro não por dois milhões mas por muito mais. Eu acho que nós vamos chegar a um resultado eleitoral no dia 7 de outubro onde a diferença pode chegar a ser de dez pontos percentuais. Pode-se falar de quase dois milhões de votos de diferença", sentenciou Capriles, para quem cada ponto percentual de diferença representa "cerca de 200 mil votos".
Com essa confiança e "calor", que, diz, vai "colhendo" em suas visitas casa a casa, que o levaram a percorrer mais de 170 localidades em todo o país, o candidato se atreve a advertir que o ciclo de Chávez "é um que durou 14 anos e uma etapa que fica para trás".
"Para mim o dia 7 de outubro é uma tempestade perfeita, eu acho que há todas as condições para nós darmos um passo adiante", complementou Capriles, ao indicar que o Governo hoje lhe lembra "a oposição de há dez anos atrás".
"A oposição de dez anos atrás não tinha rumo, estava errada, não tinha propostas, não tinha seus próprios planos, era muito sustentada sobre o próprio Governo", acrescentou.
O candidato da oposição observou que atualmente a Venezuela está "estagnada" em temas como educação, saúde, habitação, economia e inclusive a produção de petróleo.
"Em nada há crescimento, há duas coisas nas quais houve crescimento nos últimos anos: na delinquência, nos números de homicídio que todos os anos crescem, e na inflação", sustentou Capriles.
Ele diz que não acredita nos números oficiais, que assinalam um crescimento econômico de 5,6% no primeiro semestre e a redução em quase dez pontos da inflação nesse período em relação ao mesmo do ano passado, já que segundo sua opinião, é "maquiada".
Não teve, no entanto, "preconceitos" em reconhecer o destaque que o atual Governo pôs no tema social.
"Eu digo uma coisa positiva, que o tema social deve ter o papel principal na agenda, isso é algo que o Governo colocou na agenda, isso é importante", confessou Capriles, definindo como "progressista" e de "centro rumo à esquerda", pois, segundo sua opinião, na Venezuela a direita nunca governou.
Para o futuro, o líder opositor visualizou que, se chegar ao poder, seu Governo será de "verdadeira união nacional" e aventurou que "provavelmente pode haver pessoas que hoje estão no seio do Governo".
Sobre seu rival e hoje presidente, Capriles previu que o processo que lidera "ficará para trás".
"Eu o vejo fora do poder, sem dúvida alguma, pela via democrática", sentenciou o candidato, que, antecipadamente, assinalou "que seja ele ou seja quem for da oposição, bem-vindo será.
Caracas - O candidato da oposição à Presidência da Venezuela , Henrique Capriles, disse à Agência Efe que como parte de "uma nova liderança" tem a responsabilidade de "promover uma mudança histórica no país" com uma vitória nas urnas diante do presidente Hugo Chávez, no dia 7 de outubro.
Capriles fez a declaração quando falta pouco mais de um mês e meio de uma campanha na qual se concentrou em assinalar o chavismo como o "velho", após 14 anos consecutivos no poder.
Com seu falar pausado e gesticulando com as mãos, Capriles não hesita em afirmar que é parte "de uma nova liderança" opositora.
"Está em minhas costas o sucesso para que possamos ter realmente um país (...) moderno como querem os venezuelanos", acrescentou o candidato, que aos 40 anos exibe entre suas conquistas ter sido o presidente mais jovem da extinta Câmara dos Deputados e vice-presidente do Parlamento.
Com um histórico político impecável de cinco vitórias em igual número de processos eleitorais que o levaram a ser deputado, prefeito, governador e agora candidato da oposição, Henrique Capriles descreve sua carreira rumo à Presidência venezuelana como uma "luta de Davi contra Golias".
"É parte do momento histórico e parte do que significa para nós este processo, que é derrotar todo o abuso, todo o uso dos recursos públicos, todas as instituições, todo o aparelho do Estado", assegurou, ao se queixar que não há "nenhum poste de luz no país sem um cartaz de Chávez".
E apesar de na maioria das pesquisas os números não lhe serem favoráveis, Capriles acredita que pode ganhar as eleições com uma vantagem de mais de dois milhões de votos.
"Todos sabemos quais são os números reais. E no pior cenário nosso, hoje é uma concorrência fechada (...) No dia 7 de outubro, eu não vejo um final de fotografia, um final fechado", disse o líder opositor, com seu agora famoso boné com as três cores da bandeira venezuelana (amarelo, azul e vermelho), que foi questionado pelo poder eleitoral.
"Eu vejo uma vitória no dia 7 de outubro não por dois milhões mas por muito mais. Eu acho que nós vamos chegar a um resultado eleitoral no dia 7 de outubro onde a diferença pode chegar a ser de dez pontos percentuais. Pode-se falar de quase dois milhões de votos de diferença", sentenciou Capriles, para quem cada ponto percentual de diferença representa "cerca de 200 mil votos".
Com essa confiança e "calor", que, diz, vai "colhendo" em suas visitas casa a casa, que o levaram a percorrer mais de 170 localidades em todo o país, o candidato se atreve a advertir que o ciclo de Chávez "é um que durou 14 anos e uma etapa que fica para trás".
"Para mim o dia 7 de outubro é uma tempestade perfeita, eu acho que há todas as condições para nós darmos um passo adiante", complementou Capriles, ao indicar que o Governo hoje lhe lembra "a oposição de há dez anos atrás".
"A oposição de dez anos atrás não tinha rumo, estava errada, não tinha propostas, não tinha seus próprios planos, era muito sustentada sobre o próprio Governo", acrescentou.
O candidato da oposição observou que atualmente a Venezuela está "estagnada" em temas como educação, saúde, habitação, economia e inclusive a produção de petróleo.
"Em nada há crescimento, há duas coisas nas quais houve crescimento nos últimos anos: na delinquência, nos números de homicídio que todos os anos crescem, e na inflação", sustentou Capriles.
Ele diz que não acredita nos números oficiais, que assinalam um crescimento econômico de 5,6% no primeiro semestre e a redução em quase dez pontos da inflação nesse período em relação ao mesmo do ano passado, já que segundo sua opinião, é "maquiada".
Não teve, no entanto, "preconceitos" em reconhecer o destaque que o atual Governo pôs no tema social.
"Eu digo uma coisa positiva, que o tema social deve ter o papel principal na agenda, isso é algo que o Governo colocou na agenda, isso é importante", confessou Capriles, definindo como "progressista" e de "centro rumo à esquerda", pois, segundo sua opinião, na Venezuela a direita nunca governou.
Para o futuro, o líder opositor visualizou que, se chegar ao poder, seu Governo será de "verdadeira união nacional" e aventurou que "provavelmente pode haver pessoas que hoje estão no seio do Governo".
Sobre seu rival e hoje presidente, Capriles previu que o processo que lidera "ficará para trás".
"Eu o vejo fora do poder, sem dúvida alguma, pela via democrática", sentenciou o candidato, que, antecipadamente, assinalou "que seja ele ou seja quem for da oposição, bem-vindo será.