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Capriles diz que eleições na Venezuela foram "roubadas"

Entre as irregularidades denunciadas pela oposição estão votos emitidos por pessoas já falecidas e eleitores que votaram mais de uma vez

"A verdade, do tamanho do nosso país, é que vocês roubaram as eleições, vocês fraudaram este processo eleitoral e vocês têm que explicar isto ao país e ao mundo", disse Capriles (AFP/ Raúl Arboleda)
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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 08h09.

Caracas - O líder opositor venezuelano Henrique Capriles acusou nesta quarta-feira o governo de ter "roubado" as eleições presidenciais de 14 de abril passado, vencidas pelo "chavista" Nicolás Maduro por estreita margem de votos.

"A verdade, do tamanho do nosso país, é que vocês roubaram as eleições, vocês fraudaram este processo eleitoral e vocês têm que explicar isto ao país e ao mundo", disse Capriles em entrevista coletiva, na qual deu um ultimato ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para que inicie a auditoria sobre as urnas da votação de 14 de abril até esta quinta-feira.

"Avisamos ao CNE, depois de amanhã não vamos esperar mais. Vocês assumiram um compromisso (de realizar a auditoria) e eu também assumi um compromisso com os venezuelanos", advertiu Capriles em entrevista na TV venezuelana.

"Todo mundo está de olho nesta auditoria", disse Capriles sobre a União Sul-Americana de Nações (Unasul), que na reunião extraordinária em Lima apoiou a auditoria.

O CNE anunciou na quinta-feira passada uma auditoria ampliada das urnas (eletrônicas) das eleições presidenciais, atendendo parcialmente à exigência da oposição, e disse que a recontagem dos comprovantes de votos começaria esta semana.

Entre as irregularidades denunciadas pela oposição estão votos emitidos por pessoas já falecidas e eleitores que votaram mais de uma vez.


Logo após a crítica ao CNE, a entrevista de Capriles foi tirada do ar para a exibição de um vídeo, em rede nacional, acusando o líder opositor de incitar a violência pós-eleitoral, que deixou nove mortos e dezenas de feridos no dia seguinte à votação.

Em protesto pela interrupção da entrevista de Capriles, milhares de pessoas iniciaram um "panelaço" em várias regiões de Caracas.

"A rede nacional agora, por que motivo? Para evitar que as pessoas saibam a verdade", reagiu Capriles, destacando que é um exemplo do "medo" do governo sobre a verdade da fraude nas eleições presidenciais.

"Não nos intimidam as ameaças. Querem me julgar porque pedi que abrissem as urnas?! Por dizer a verdade?!" - disse Capriles, derrotado por menos de 265 mil votos e que afirma que ocorreram irregularidades na votação que podem ser demonstradas pela auditoria eleitoral.

"A verdade faria cair o governo. Em questão de minutos cai este governo com a verdade (...) e estão tratando de segurar as coisas com ameaças e perseguição", afirmou Capriles na entrevista coletiva, garantindo que levará o caso a "instâncias internacionais".

A Assembleia Nacional (AN, de maioria governista) instaurou nesta quarta uma comissão que investigará "em todo o território nacional" os fatos ocorridos para determinar os danos materiais e seus responsáveis, explicou o deputado Pedro Carreño, presidente da comissão da Controladoria, que acusou Capriles.

Uma pesquisa realizada no sábado pelo instituto Datanálisis revelou que 70% dos venezuelanos apoiam uma recontagem dos votos.

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Caracas - O líder opositor venezuelano Henrique Capriles acusou nesta quarta-feira o governo de ter "roubado" as eleições presidenciais de 14 de abril passado, vencidas pelo "chavista" Nicolás Maduro por estreita margem de votos.

"A verdade, do tamanho do nosso país, é que vocês roubaram as eleições, vocês fraudaram este processo eleitoral e vocês têm que explicar isto ao país e ao mundo", disse Capriles em entrevista coletiva, na qual deu um ultimato ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para que inicie a auditoria sobre as urnas da votação de 14 de abril até esta quinta-feira.

"Avisamos ao CNE, depois de amanhã não vamos esperar mais. Vocês assumiram um compromisso (de realizar a auditoria) e eu também assumi um compromisso com os venezuelanos", advertiu Capriles em entrevista na TV venezuelana.

"Todo mundo está de olho nesta auditoria", disse Capriles sobre a União Sul-Americana de Nações (Unasul), que na reunião extraordinária em Lima apoiou a auditoria.

O CNE anunciou na quinta-feira passada uma auditoria ampliada das urnas (eletrônicas) das eleições presidenciais, atendendo parcialmente à exigência da oposição, e disse que a recontagem dos comprovantes de votos começaria esta semana.

Entre as irregularidades denunciadas pela oposição estão votos emitidos por pessoas já falecidas e eleitores que votaram mais de uma vez.


Logo após a crítica ao CNE, a entrevista de Capriles foi tirada do ar para a exibição de um vídeo, em rede nacional, acusando o líder opositor de incitar a violência pós-eleitoral, que deixou nove mortos e dezenas de feridos no dia seguinte à votação.

Em protesto pela interrupção da entrevista de Capriles, milhares de pessoas iniciaram um "panelaço" em várias regiões de Caracas.

"A rede nacional agora, por que motivo? Para evitar que as pessoas saibam a verdade", reagiu Capriles, destacando que é um exemplo do "medo" do governo sobre a verdade da fraude nas eleições presidenciais.

"Não nos intimidam as ameaças. Querem me julgar porque pedi que abrissem as urnas?! Por dizer a verdade?!" - disse Capriles, derrotado por menos de 265 mil votos e que afirma que ocorreram irregularidades na votação que podem ser demonstradas pela auditoria eleitoral.

"A verdade faria cair o governo. Em questão de minutos cai este governo com a verdade (...) e estão tratando de segurar as coisas com ameaças e perseguição", afirmou Capriles na entrevista coletiva, garantindo que levará o caso a "instâncias internacionais".

A Assembleia Nacional (AN, de maioria governista) instaurou nesta quarta uma comissão que investigará "em todo o território nacional" os fatos ocorridos para determinar os danos materiais e seus responsáveis, explicou o deputado Pedro Carreño, presidente da comissão da Controladoria, que acusou Capriles.

Uma pesquisa realizada no sábado pelo instituto Datanálisis revelou que 70% dos venezuelanos apoiam uma recontagem dos votos.

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