Capriles critica poderes dados a Maduro e convoca protesto
Líder da oposição venezuelana assegurou que os problemas dos venezuelanos não acabarão com poderes outorgados pelo Parlamento
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2013 às 21h43.
Caracas - O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, assegurou nesta quarta-feira que os problemas dos venezuelanos não acabarão com os poderes especiais outorgados ontem pelo Parlamento ao presidente Nicolás Maduro e convocou a população para protestar com uma manifestação contra o governo no próximo sábado.
Capriles concedeu hoje uma entrevista coletiva na qual declarou sua rejeição aos poderes especiais concedidos a Maduro para governar por decreto durante um ano.
O fato ocorreu ontem e foi realizado pela Assembleia Nacional (AN) com a Lei Habilitante, mecanismo previsto constitucionalmente para que o presidente legisle sem controle parlamentar.
"A incapacidade não se resolve com uma Lei Habilitante", disse ele que também é governador do estado de Miranda. Capriles assegurou que os poderes especiais não resolverão a "crise econômica" vivida pelo país nem a escassez de produtos como o leite e frango, tampouco a insegurança.
"De repente este governo acha que por decreto vai levar a vida de todos, isso é o que temos que frear", afirmou, antes de chamar mais uma vez a população pa votar contra o governo nas eleições municipais de 8 de dezembro.
Maduro pediu os poderes especiais ao Parlamento em 8 de outubro. A justificativa foi que ele precisava disso para lutar contra a corrupção e a "guerra econômica" que, segundo afirma, o empresariado declarou em aliança com a oposição.
"Com a Habilitante não se resolve a crise econômica. Ela não é necessária porque o senhor tem maioria na Assembleia Nacional. Para que precisa de uma Habilitante?", disse ao lembrar que o chavismo tem maioria absoluta no Legislativo.
A AN aprovou os poderes especiais com os dois terços exigidos pela Constituição para sua aprovação. Isso ocorreu graças ao voto de um deputado que substituiu uma legisladora chavista dissidente que há uma semana teve sua imunidade parlamentar caçada para ser processada.
Capriles felicitou os deputados opositores por não se deixarem "comprar" pelo governo para obter o voto que faltava no Parlamento.
Disse, além disso, que todo o ocorrido "nas últimas horas", em referência à Habilitante tem objetivos claros: desanimar a população que rejeita o governo para que não proteste e para que não votem no pleito municipal.
"A luta não terminou e aqui hoje, mais que nunca, ninguém pode se render, este é o momento de se levantar com força", declarou antes de convocar as manifestações que, segundo ele, acontecerão nos 335 municípios do país.
"Eu convido todos os venezuelanos que sofrem com a crise. Todos os que sentem que o governo quer destruir este país. No sábado, 23 de novembro, vamos protestar em toda Venezuela", comentou.
O opositor explicou que a manifestação de sábado será uma mobilização "contra a crise econômica, contra o desabastecimento, contra a insegurança" e contra o governo que "é quem controla praticamente tudo e diz que não é culpado de nada".
Ontem, após obter os poderes especiais, Maduro antecipou que em janeiro iniciará uma "ofensiva estremecedora" contra a corrupção e que implantará uma "nova ética" para transformar "tudo" em sintonia com a cruzada que, assegura, empreendeu para consolidar o socialismo.
Caracas - O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, assegurou nesta quarta-feira que os problemas dos venezuelanos não acabarão com os poderes especiais outorgados ontem pelo Parlamento ao presidente Nicolás Maduro e convocou a população para protestar com uma manifestação contra o governo no próximo sábado.
Capriles concedeu hoje uma entrevista coletiva na qual declarou sua rejeição aos poderes especiais concedidos a Maduro para governar por decreto durante um ano.
O fato ocorreu ontem e foi realizado pela Assembleia Nacional (AN) com a Lei Habilitante, mecanismo previsto constitucionalmente para que o presidente legisle sem controle parlamentar.
"A incapacidade não se resolve com uma Lei Habilitante", disse ele que também é governador do estado de Miranda. Capriles assegurou que os poderes especiais não resolverão a "crise econômica" vivida pelo país nem a escassez de produtos como o leite e frango, tampouco a insegurança.
"De repente este governo acha que por decreto vai levar a vida de todos, isso é o que temos que frear", afirmou, antes de chamar mais uma vez a população pa votar contra o governo nas eleições municipais de 8 de dezembro.
Maduro pediu os poderes especiais ao Parlamento em 8 de outubro. A justificativa foi que ele precisava disso para lutar contra a corrupção e a "guerra econômica" que, segundo afirma, o empresariado declarou em aliança com a oposição.
"Com a Habilitante não se resolve a crise econômica. Ela não é necessária porque o senhor tem maioria na Assembleia Nacional. Para que precisa de uma Habilitante?", disse ao lembrar que o chavismo tem maioria absoluta no Legislativo.
A AN aprovou os poderes especiais com os dois terços exigidos pela Constituição para sua aprovação. Isso ocorreu graças ao voto de um deputado que substituiu uma legisladora chavista dissidente que há uma semana teve sua imunidade parlamentar caçada para ser processada.
Capriles felicitou os deputados opositores por não se deixarem "comprar" pelo governo para obter o voto que faltava no Parlamento.
Disse, além disso, que todo o ocorrido "nas últimas horas", em referência à Habilitante tem objetivos claros: desanimar a população que rejeita o governo para que não proteste e para que não votem no pleito municipal.
"A luta não terminou e aqui hoje, mais que nunca, ninguém pode se render, este é o momento de se levantar com força", declarou antes de convocar as manifestações que, segundo ele, acontecerão nos 335 municípios do país.
"Eu convido todos os venezuelanos que sofrem com a crise. Todos os que sentem que o governo quer destruir este país. No sábado, 23 de novembro, vamos protestar em toda Venezuela", comentou.
O opositor explicou que a manifestação de sábado será uma mobilização "contra a crise econômica, contra o desabastecimento, contra a insegurança" e contra o governo que "é quem controla praticamente tudo e diz que não é culpado de nada".
Ontem, após obter os poderes especiais, Maduro antecipou que em janeiro iniciará uma "ofensiva estremecedora" contra a corrupção e que implantará uma "nova ética" para transformar "tudo" em sintonia com a cruzada que, assegura, empreendeu para consolidar o socialismo.