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Capitão Concordia pede perdão e diz ser também uma vítima

Ele é acusado de ter provocado o naufrágio e por ter abandonado o navio em plena operação de retirada dos 4.200 passageiros e tripulantes

Schettino é preso: "quero que a verdade venha à tona, seja qual for", afirmou (AFP / Enzo Russo)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 11h57.

Roma - O capitão do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na Toscana em janeiro, pediu desculpas em uma entrevista a um canal de televisão, ao mesmo tempo em que alegou também ser vítima da tragédia que deixou 32 mortos.

"É normal que peça perdão a todos e que sinta o peso das 32 vítimas sobre minha consciência", afirmou Francesco Schettino a uma jornalista da emissora Canale 5.

"O naufrágio foi um incidente banal, onde a fatalidade se introduziu na interação entre os seres humanos. Acredito que houve um mal-entendido, justamente por isto as pessoas estão irritadas", explicou.

"É como se todos os cérebros, incluindo os instrumentos a bordo, tivessem falhado", completou, antes de se apresentar como uma "vítima de todo este sistema".

"Um incidente no mar é diferente de um crime. Não acredito ter cometido um crime", justificou o capitão, acusado de ter provocado o naufrágio por ordenar uma parada muito próxima da costa e por ter abandonado o navio em plena operação de retirada dos 4.200 passageiros e tripulantes.

No início de julho, a justiça italiana decidiu reduzir a prisão domiciliar determinada em janeiro contra o capitão.

Acusado de homicídios múltiplos por imprudência, naufrágio, abandono do navio e por ter omitido a revelação às autoridades marítimas italianas da gravidade do acidente, Schettino foi detido após a tragédia e colocado em prisão domiciliar sem poder conversar com ninguém, com exceção de advogados e parentes.

"Quero que a verdade venha à tona, seja qual for", afirmou o comandante, que segundo alguns jornais italianos teria recebido 50.000 euros pela entrevista, informação desmentida pelo Canale 5, mas que não deixou de provocar polêmica.

O "Costa Concordia" transportava a 4.229 pessoas, incluindo 3.200 turistas de 60 nacionalidades (além da tripulação de pouco mais de 1.000 pessoas), quando encalhou sobre uma rocha perto da ilha de Giglio.

No total, nove pessoas são processadas no caso, entre elas Schettino, seu principal auxiliar, outros quatro membros da tripulação e três integrantes da equipe em terra, incluindo Manfred Ursprunger, vice-presidente executivo da 'Costa Crociere', proprietária do "Costa Concordia", e Roberto Ferrarini, diretor da unidade de crise da empresa.

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Roma - O capitão do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na Toscana em janeiro, pediu desculpas em uma entrevista a um canal de televisão, ao mesmo tempo em que alegou também ser vítima da tragédia que deixou 32 mortos.

"É normal que peça perdão a todos e que sinta o peso das 32 vítimas sobre minha consciência", afirmou Francesco Schettino a uma jornalista da emissora Canale 5.

"O naufrágio foi um incidente banal, onde a fatalidade se introduziu na interação entre os seres humanos. Acredito que houve um mal-entendido, justamente por isto as pessoas estão irritadas", explicou.

"É como se todos os cérebros, incluindo os instrumentos a bordo, tivessem falhado", completou, antes de se apresentar como uma "vítima de todo este sistema".

"Um incidente no mar é diferente de um crime. Não acredito ter cometido um crime", justificou o capitão, acusado de ter provocado o naufrágio por ordenar uma parada muito próxima da costa e por ter abandonado o navio em plena operação de retirada dos 4.200 passageiros e tripulantes.

No início de julho, a justiça italiana decidiu reduzir a prisão domiciliar determinada em janeiro contra o capitão.

Acusado de homicídios múltiplos por imprudência, naufrágio, abandono do navio e por ter omitido a revelação às autoridades marítimas italianas da gravidade do acidente, Schettino foi detido após a tragédia e colocado em prisão domiciliar sem poder conversar com ninguém, com exceção de advogados e parentes.

"Quero que a verdade venha à tona, seja qual for", afirmou o comandante, que segundo alguns jornais italianos teria recebido 50.000 euros pela entrevista, informação desmentida pelo Canale 5, mas que não deixou de provocar polêmica.

O "Costa Concordia" transportava a 4.229 pessoas, incluindo 3.200 turistas de 60 nacionalidades (além da tripulação de pouco mais de 1.000 pessoas), quando encalhou sobre uma rocha perto da ilha de Giglio.

No total, nove pessoas são processadas no caso, entre elas Schettino, seu principal auxiliar, outros quatro membros da tripulação e três integrantes da equipe em terra, incluindo Manfred Ursprunger, vice-presidente executivo da 'Costa Crociere', proprietária do "Costa Concordia", e Roberto Ferrarini, diretor da unidade de crise da empresa.

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