Roy Moore: o juiz negou veementemente as alegações (James Lawler Duggan/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de novembro de 2017 às 10h51.
Uma mulher acusou o candidato republicano ao Senado dos Estados Unidos Roy Moore, do Alabama, de tomar a iniciativa de um encontro sexual quando ela tinha 14 anos e ele tinha 32, afirmou o jornal Washington Post na quinta-feira, levando correligionários de primeiro escalão a dizerem que ele deveria se afastar se as alegações forem verdadeiras.
Moore, que está com 70 anos e foi o principal juiz do Estado, negou veementemente as alegações, que classificou como "completamente falsas e um ataque político desesperado".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gostaria que Moore se afastasse se as alegações contra ele forem verdadeiras, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, nesta sexta-feira.
"Como a maioria dos americanos, o presidente acredita que não podemos permitir que uma mera alegação, neste caso de muitos anos atrás, destrua a vida de uma pessoa", disse Sanders.
"Entretanto, o presidente também acredita que, se estas alegações forem verdadeiras, o juiz Moore fará a coisa certa se afastando", afirmou enquanto Trump chegava ao Vietnã, uma etapa de sua viagem de 12 dias pela Ásia.
Em uma série de tuítes publicados mais tarde no mesmo dia, Moore qualificou as alegações publicadas contra si como parte de uma tentativa de "silenciar e calar cristãos conservadores como vocês e eu", acrescentando que "eu jamais desistirei da luta!"
Mitch McConnell, líder republicano do Senado que trabalha com uma maioria apertada de 52 a 48, pediu que Moore desista da corrida "se estas alegações forem verdadeiras". Vários outros colegas de partido, como os senadores texanos John Cornyn e Ted Cruz e o senador Mike Lee, de Utah, todos apoiadores de Moore, ecoaram este sentimento.
Ao menos dois senadores republicanos, John McCain, do Arizona, e John Thune, da Dakota do Sul, disseram que Moore deveria se afastar imediatamente -- McCain qualificou as acusações como "profundamente perturbadoras e desabonadoras".
Leigh Corfman, hoje com 53 anos, contou ao Post que conheceu Moore em um tribunal em 1979, quando Moore se ofereceu para lhe fazer companhia em um banco do lado de fora de uma sala de audiências onde sua mãe tratava de um procedimento de concessão de guarda infantil.
Moore, à época um procurador-geral assistente, pediu o telefone da menina e dias depois a levou para sua casa, onde os dois se envolveram em atividades sexuais antes de ela pedir para ser levada para casa, disse Corfman.