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Candidato governista argentino parte para ataque em debate

Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, tem o apoio da presidente Cristina Kirchner

Candidato presidencial Daniel Scioli (esquerda) ao lado de seu rival, Mauricio Macri: Macri é um defensor do livre mercado (Marcos Brindicci/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 08h59.

Buenos Aires - O candidato presidencial do partido governista da Argentina , Daniel Scioli, que está atrás nas pesquisas de opinião , assumiu uma posição ofensiva no debate com seu rival, Mauricio Macri, no domingo, mas ficou na defensiva quando confrontado com o histórico do governo.

Scioli, governador da província de Buenos Aires, tem o apoio da presidente Cristina Kirchner. Impedida de concorrer a um terceiro mandato este ano, Cristina vai deixar para seu sucessor o desafio de enfrentar uma inflação de dois dígitos, escassas reservas no banco central e um crescente déficit orçamentário.

Macri, o adversário de Scioli na eleição 22 de novembro, é um defensor do livre mercado e está à frente nas pesquisas, com cerca de 8 pontos percentuais de vantagem, depois de um desempenho mais forte do que o esperado no primeiro turno da votação, no mês passado.

"Suas políticas são um perigo para a nossa sociedade", disse Scioli na abertura do debate televisionado em uma universidade de Buenos Aires. "Quem iria pagar o preço do ajuste fiscal que viria da forte desvalorização cambial que ele quer?... Quem vai pagar o preço de retirar subsídios? As famílias precisam saber como vão pagar as suas contas de luz, gás e transporte", disse Scioli.

Macri revidou com um rosário de críticas sobre a gestão da terceira maior economia da América Latina, começando com os dados do crescimento oficial, inflação e pobreza, que economistas do setor privado dizem ser manipulados.

Na sexta-feira o dólar fechou cotado a 15 pesos argentinos no mercado negro, muito acima dos 9,6 pesos do câmbio oficial, uma taxa bancada por intervenções do Banco Central no câmbio.

"O problema da Argentina não é o dólar. É um governo que não para de mentir e destruiu a confiança no nosso país, razão pela qual não há nenhum investimento ou crescimento. A inflação tem diluído o rendimento de nossos aposentados e nossa força de trabalho", disse Macri.

Ele promete estimular o investimento desmantelando rapidamente os controles de comércio e moeda estabelecidos por Cristina.

A mensagem de Scioli de mudança gradual em direção a políticas mais ortodoxas, preservando programas sociais generosos de Cristina, não consegue cair bem entre os eleitores de classe média, que vão decidir a eleição.

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Buenos Aires - O candidato presidencial do partido governista da Argentina , Daniel Scioli, que está atrás nas pesquisas de opinião , assumiu uma posição ofensiva no debate com seu rival, Mauricio Macri, no domingo, mas ficou na defensiva quando confrontado com o histórico do governo.

Scioli, governador da província de Buenos Aires, tem o apoio da presidente Cristina Kirchner. Impedida de concorrer a um terceiro mandato este ano, Cristina vai deixar para seu sucessor o desafio de enfrentar uma inflação de dois dígitos, escassas reservas no banco central e um crescente déficit orçamentário.

Macri, o adversário de Scioli na eleição 22 de novembro, é um defensor do livre mercado e está à frente nas pesquisas, com cerca de 8 pontos percentuais de vantagem, depois de um desempenho mais forte do que o esperado no primeiro turno da votação, no mês passado.

"Suas políticas são um perigo para a nossa sociedade", disse Scioli na abertura do debate televisionado em uma universidade de Buenos Aires. "Quem iria pagar o preço do ajuste fiscal que viria da forte desvalorização cambial que ele quer?... Quem vai pagar o preço de retirar subsídios? As famílias precisam saber como vão pagar as suas contas de luz, gás e transporte", disse Scioli.

Macri revidou com um rosário de críticas sobre a gestão da terceira maior economia da América Latina, começando com os dados do crescimento oficial, inflação e pobreza, que economistas do setor privado dizem ser manipulados.

Na sexta-feira o dólar fechou cotado a 15 pesos argentinos no mercado negro, muito acima dos 9,6 pesos do câmbio oficial, uma taxa bancada por intervenções do Banco Central no câmbio.

"O problema da Argentina não é o dólar. É um governo que não para de mentir e destruiu a confiança no nosso país, razão pela qual não há nenhum investimento ou crescimento. A inflação tem diluído o rendimento de nossos aposentados e nossa força de trabalho", disse Macri.

Ele promete estimular o investimento desmantelando rapidamente os controles de comércio e moeda estabelecidos por Cristina.

A mensagem de Scioli de mudança gradual em direção a políticas mais ortodoxas, preservando programas sociais generosos de Cristina, não consegue cair bem entre os eleitores de classe média, que vão decidir a eleição.

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