Mundo

Campanhas colombianas terminam em meio a distúrbios

A equipe do candidato presidencial Gustavo Petro denunciou ontem que o veículo no qual o político viajava foi alvo de quatro tiros

Bandeira da Colômbia (Getty Images/Reprodução)

Bandeira da Colômbia (Getty Images/Reprodução)

E

EFE

Publicado em 4 de março de 2018 às 11h20.

Bogotá - Os candidatos ao Senado e à Câmara de Representantes da Colômbia, que serão escolhidos no dia 11, encerram neste fim de semana as campanhas políticas em meio à tensão gerada nos últimos dias pelas agressões a alguns aspirantes.

"Rejeitamos a sabotagem contra os atos públicos. Este debate democrático tem que ser de ideias, no qual não haja lugar para agressões", disse em comunicado neste sábado Guillermo Rivera, ministro do Interior colombiano.

Rivera fez um "pedido a todas as forças políticas, sem exceção, para que rejeitem estes atos de sabotagem e convidem seus militantes a um debate de ideias, sem nenhum tipo de agressão".

Na última sexta-feira, uma atividade proselitista liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe na cidade de Popayán, no sudoeste, terminou em distúrbios por parte de um grupo de opositores.

"Vândalos em Popayán, alguns da universidade, com policiais atingidos, sedes políticas afetadas, professores incitadores de violência", denunciou Uribe, do partido de direita Centro Democrático, que tentará se reeleger como senador.

A equipe do candidato presidencial Gustavo Petro denunciou ontem que o veículo no qual o político viajava foi alvo de quatro tiros na cidade de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, o que foi desmentido posteriormente pelo próprio candidato de esquerda.

"Não houve disparos sobre o carro no qual estava. Organizaram uma sabotagem violenta contra o ato com um centro de comando", escreveu Petro em sua conta do Twitter.

Sobre essas situações a Procuradoria-Geral afirmou neste sábado que "avança nas investigações correspondentes e não poupará esforços para estabelecer as causas e identificar os promotores das agressões".

Como os ataques correspondem a "uma conduta penal com transcendência", os supostos autores deverão ser "levados a juízes da República" e, se forem considerados responsáveis pela comissão de algum delito, receberão "as sanções que a lei dispõe".

Um ataque com explosivos deixou pelo menos nove feridos neste sábado no município de Segóvia, situado no nordeste da Colômbia, durante o encerramento de campanha de dois candidatos do Partido Conservador.

Segundo a Polícia Nacional, "foi detonado à tarde um explosivo de baixo poder" durante o fechamento de campanha da senadora Olga Suárez e do candidato à Câmara Horacio Gallón, que saíram ilesos.

Como parte do encerramento de campanhas, hoje, Germán Vargas, que visa a presidência pelo movimento Mejor Vargas Lleras, foi à Praça de Bolívar em Bogotá para apoiar para o Senado o nome de Claudia Rodríguez de Castelhanos, acompanhado por centenas de militantes com balões coloridos.

Além disso, o presidenciável Sergio Fajardo, da Coalizão Colômbia, viajou até a cidade de Barrancabermeja (nordeste) para assistir um ato do senador Jorge Enrique Robledo, do Polo Democrático Alternativo, e de Roberto Schmalbach, que busca chegar à Câmara de Representantes.

Victoria Sandino, candidata ao Senado pelo partido político no qual se transformou a guerrilha das Farc, Força Alternativa Revolucionária do Comum, afirmou hoje, no norte do país, que no Congresso apresentará "leis e reformas que permitam que se cumpra o pacto do acordo de paz de Havana".

O partido Farc havia suspendeu a campanha no dia 9 de fevereiro, após os primeiros atos eleitorais terem sido marcados pela rejeição popular, insultos e protestos.

O candidato presidencial das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido na época de guerrilheiro como "Timochenko", se encontra hospitalizado por uma dor no peito e os médicos que o atendem sugeriram a realização de uma cirurgia de coração.

Acompanhe tudo sobre:ColômbiaEleições

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame