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Campanha para legislativas na Argentina termina sem Kirchner

A presidente argentina está em repouso se recuperando de uma cirurgia na cabeça

Membros do grupo peronista juvenil La Cámpora entregam panfleto: o opositor Sergio Massa, um peronista dissidente que foi chefe de gabinete de Kirchner, é o favorito para vencer em Buenos Aires (Daniel Garcia/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 06h43.

Buenos Aires - A campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo, vitais para o governo, terminou nesta quinta-feira na Argentina sem grandes atos dos principais candidatos e na ausência da presidente Cristina Kirchner , que se recupera de uma cirurgia na cabeça.

Kirchner, que está em repouso depois de ter sido submetida a uma operação para a drenagem de um hematoma na cabeça no dia 8 de outubro, foi a grande ausente do epílogo de uma campanha tranquila, que será um importante teste na reta final de seu segundo mandato, com o 'kirchnerismo' há dez anos no poder.

Sergio Massa, um peronista dissidente que foi chefe de gabinete de Kirchner e passou à oposição, é o favorito para vencer na província de Buenos Aires, principal reduto do governo e maior distrito, com quase 40% dos 30,5 milhões eleitores do país.

Massa, 41 anos, encerrou a campanha em um estádio poliesportivo de General Pacheco (periferia norte), uma localidade do distrito de Tigre, do qual é o prefeito.

"Defenderemos no Congresso a redução dos impostos sobre (as exportações) o trigo e isenções para as empresas que reinvestirem seus lucros" na produção, prometeu Massa ao discursar para a multidão.

"Os principais problemas da Argentina são a inflação e a insegurança", afirmou Massa no ato eleitoral.

Seu principal adversário, Martín Insaurralde, de 43 anos, herdeiro político da presidente, realizou sua última tentativa para tirar a vantagem de Massa no início da noite desta quinta, em seu reduto de Lomas de Zamora (periferia sul), onde é prefeito.


Em seu discurso, Insaurralde afirmou que "um projeto de país não se faz com planos de ajustes ou com nomes do passado na lista de candidatos (da oposição)", citando os anos 90, quando se aplicaram políticas neoliberais.

Segundo as pesquisas, a vantagem de Massa é de pelo menos cinco pontos.

Insaurralde insistiu nos últimos dias na necessidade de preservar o modelo de incentivos ao mercado interno e no fortalecimento do Estado, promovido durante o período que o governo chama "década ganha", pelos dez anos de governos do falecido Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner.

Também defende que o país não deve "voltar atrás", em uma crítica a Massa, que ganha apoio de alguns setores que defendem o modelo neoliberal aplicado na Argentina nos anos 90 pelo peronista Carlos Menem (1989-99).

Nas primárias de agosto que escolheram os candidatos para as eleições legislativas, Massa obteve 34,95% dos votos contra 29,60% de Insaurralde.

Se o resultado for parecido no domingo, o governo pode manter sua maioria no Congresso porque vai renovar os assentos dos legisladores com mandato desde 2009, quando Kirchner sofreu uma dura derrota nas eleições parlamentares.


No domingo, metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado serão renovados.

Após a derrota em 2009, o governo recuperou em 2011 a maioria no Parlamento ao obter 54,11% dos votos nas eleições gerais que reelegeram a chefe de Estado e renovaram parte do Congresso.

Campanha sem brilho

Depois da operação a que foi submetida para a drenagem de um hematoma na cabeça, as pesquisas indicaram que Kirchner tinha melhorado sua imagem e Insaurralde havia subido nas preferências, mas sem chegar a superar Massa.

A campanha foi realizada em meio à indiferença de uma população que não se impressionou com a intensa campanha publicitária.

Em meio a esta avalanche de propagandas, surgiu nos últimos dias uma em homenagem ao ex-presidente Néstor Kirchner, já que no domingo também será o terceiro aniversário de sua morte. A propaganda tem a participação de conhecidos artistas, que recitam e cantam seu discurso inaugural de 2003.

A partir da meia-noite desta sexta entra em vigor a proibição a atos de propaganda e à divulgação de pesquisas.

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Buenos Aires - A campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo, vitais para o governo, terminou nesta quinta-feira na Argentina sem grandes atos dos principais candidatos e na ausência da presidente Cristina Kirchner , que se recupera de uma cirurgia na cabeça.

Kirchner, que está em repouso depois de ter sido submetida a uma operação para a drenagem de um hematoma na cabeça no dia 8 de outubro, foi a grande ausente do epílogo de uma campanha tranquila, que será um importante teste na reta final de seu segundo mandato, com o 'kirchnerismo' há dez anos no poder.

Sergio Massa, um peronista dissidente que foi chefe de gabinete de Kirchner e passou à oposição, é o favorito para vencer na província de Buenos Aires, principal reduto do governo e maior distrito, com quase 40% dos 30,5 milhões eleitores do país.

Massa, 41 anos, encerrou a campanha em um estádio poliesportivo de General Pacheco (periferia norte), uma localidade do distrito de Tigre, do qual é o prefeito.

"Defenderemos no Congresso a redução dos impostos sobre (as exportações) o trigo e isenções para as empresas que reinvestirem seus lucros" na produção, prometeu Massa ao discursar para a multidão.

"Os principais problemas da Argentina são a inflação e a insegurança", afirmou Massa no ato eleitoral.

Seu principal adversário, Martín Insaurralde, de 43 anos, herdeiro político da presidente, realizou sua última tentativa para tirar a vantagem de Massa no início da noite desta quinta, em seu reduto de Lomas de Zamora (periferia sul), onde é prefeito.


Em seu discurso, Insaurralde afirmou que "um projeto de país não se faz com planos de ajustes ou com nomes do passado na lista de candidatos (da oposição)", citando os anos 90, quando se aplicaram políticas neoliberais.

Segundo as pesquisas, a vantagem de Massa é de pelo menos cinco pontos.

Insaurralde insistiu nos últimos dias na necessidade de preservar o modelo de incentivos ao mercado interno e no fortalecimento do Estado, promovido durante o período que o governo chama "década ganha", pelos dez anos de governos do falecido Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner.

Também defende que o país não deve "voltar atrás", em uma crítica a Massa, que ganha apoio de alguns setores que defendem o modelo neoliberal aplicado na Argentina nos anos 90 pelo peronista Carlos Menem (1989-99).

Nas primárias de agosto que escolheram os candidatos para as eleições legislativas, Massa obteve 34,95% dos votos contra 29,60% de Insaurralde.

Se o resultado for parecido no domingo, o governo pode manter sua maioria no Congresso porque vai renovar os assentos dos legisladores com mandato desde 2009, quando Kirchner sofreu uma dura derrota nas eleições parlamentares.


No domingo, metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado serão renovados.

Após a derrota em 2009, o governo recuperou em 2011 a maioria no Parlamento ao obter 54,11% dos votos nas eleições gerais que reelegeram a chefe de Estado e renovaram parte do Congresso.

Campanha sem brilho

Depois da operação a que foi submetida para a drenagem de um hematoma na cabeça, as pesquisas indicaram que Kirchner tinha melhorado sua imagem e Insaurralde havia subido nas preferências, mas sem chegar a superar Massa.

A campanha foi realizada em meio à indiferença de uma população que não se impressionou com a intensa campanha publicitária.

Em meio a esta avalanche de propagandas, surgiu nos últimos dias uma em homenagem ao ex-presidente Néstor Kirchner, já que no domingo também será o terceiro aniversário de sua morte. A propaganda tem a participação de conhecidos artistas, que recitam e cantam seu discurso inaugural de 2003.

A partir da meia-noite desta sexta entra em vigor a proibição a atos de propaganda e à divulgação de pesquisas.

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