A campanha de Obama afirmou que o Congresso não colaborou com iniciativas que resultariam em mais contratações de professores e operários (©AFP / Nicholas Kamm)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2012 às 16h10.
Washington - O mercado de trabalho fraco serviu de combustível para critícas ao presidente Barack Obama. A campanha do provável candidato do Partido Republicano, Mitt Romney, defendeu que a falta de experiência com liderança executiva prejudica as políticas de Obama.
A taxa de desemprego cresceu 8,2% em maio. O Departamento do Trabalho reportou apenas 69 mil novas vagas, o menor número em quase um ano. Em participações em telejornais no domingo, funcionários da campanha de Obama atribuíram o crescimento pequeno à expansão das vagas pelo 27º mês seguido, mesmo admitindo que esse ritmo não é aceitável.
A campanha de Obama afirmou que o Congresso não colaborou com iniciativas que resultariam em mais contratações de professores e operários de construção. Já o conselhero de campanha de Romney, Eric Fehrnstrom, pôs a culpa em Obama e exaltou a experiência de Romney na realização dos Jogos de Inverno de 2002 e seu mandato como governador de Massachusets.
"Não é que nós achamos que o presidente não está tentando. Eu penso que ele está. O problema é que suas políticas não estão funcionando", disse Fehrnstrom. "Nós demos as chaves da maior economia do mundo para alguém que não tinha nehuma experiência com liderança executiva".
O atual governador de Massachusets, Deval Patrick, democrata e simpatizante de Obama, criticou os legisladores: "O que nós temos atualmente é um Congresso que decidiu que existe vantagem política em minar o presidente, colocando ideologia na frente do país", disse ele.
O governador de Ohio, o republicano John Kasich, afirmou que Obama falhou em liderar o que ele chamou de "ambiente disfuncional de Washington". "Eu não posso culpar o Legislativo por as coisas não estarem dando certo. Tenho que aceitar a responsabilidade", disse Kasich.
Com republicanos controlando a Câmara e democratas com a maioria no Senado, a cooperação necessária para uma lei chegar até o presidente deve provar-se rara neste ano eleitoral. As informações são da Associated Press.