Relação com UE será revista em 2º mandato, diz Cameron
Ministro britânico acrescentou que quer fazer parte de um mercado comum e cooperativo, e não de uma união cada vez mais fechada
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 15h46.
Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron afirmou nesta segunda-feira que a relação entre Reino Unido e União Europeia precisa ser revista, mas que tal ação não se traduz em incerteza econômica.
Em discurso à Confederação Britânica de Indústrias, Cameron ressaltou que irá negociar as mudanças se for reeleito nas urnas em maio de 2015.
"Eu sou o político que tem o plano para essa reforma, que quer ver o mercado único a salvo e não receber ordens dos países que têm a mesma moeda", afirmou Cameron, acrescentando que quer fazer parte de um mercado comum e cooperativo, e não de uma união cada vez mais fechada.
"Eu quero pertencer a uma Europa que volta para os problemas das pessoas, incluindo preocupações sobre a imigração".
O plano de Cameron é negociar questões que considera importantes com a União Europeia, a exemplo do fluxo de trabalhadores entre os países, antes de realizar um referendo nacional no fim de 2017 sobre a permanência do país no bloco.
A proposta causa preocupação na comunidade internacional e nos investidores, que acreditam que a economia nacional e global sofreriam com uma possível saída do Reino Unido do grupo.
"A melhor coisa a se fazer é trazer os argumentos, fazer as mudanças e depois levar isso ao povo britânico", disse. "Se houve incertezas, por que então tivemos um período extraordinário de investimentos no nosso país?"
O primeiro-ministro pretende detalhar seus planos para questões espinhosas com o controle de imigração antes do Natal, mas líderes europeus, como a chanceler alemã Angela Merkel, já sinalizaram que não aceitarão mudanças profundas a respeito do tema.
O líder da oposição, Ed Miliband, também discursou no evento e afirmou que flertar com a saída da União Europeia enviaria uma mensagem a potenciais investidores de que o Reino Unido não estava aberto a negócios e se tornou uma aposta arriscada.
Miliband também afirmou que seu partido construirá alianças para completar o mercado único europeu, além de introduzir medidas de controle de imigrantes de transição por um período mais longo.
Miliband também é favorável à proteção ao sistema de bem-estar social e a reforma orçamentária da União Europeia.
Todas as questões são contempladas pelo discurso de Cameron, mas Miliband defende que não haja transferências de poder de Londres para Bruxelas e que estas decisões sejam tomadas pelos britânicos, em referendo.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron afirmou nesta segunda-feira que a relação entre Reino Unido e União Europeia precisa ser revista, mas que tal ação não se traduz em incerteza econômica.
Em discurso à Confederação Britânica de Indústrias, Cameron ressaltou que irá negociar as mudanças se for reeleito nas urnas em maio de 2015.
"Eu sou o político que tem o plano para essa reforma, que quer ver o mercado único a salvo e não receber ordens dos países que têm a mesma moeda", afirmou Cameron, acrescentando que quer fazer parte de um mercado comum e cooperativo, e não de uma união cada vez mais fechada.
"Eu quero pertencer a uma Europa que volta para os problemas das pessoas, incluindo preocupações sobre a imigração".
O plano de Cameron é negociar questões que considera importantes com a União Europeia, a exemplo do fluxo de trabalhadores entre os países, antes de realizar um referendo nacional no fim de 2017 sobre a permanência do país no bloco.
A proposta causa preocupação na comunidade internacional e nos investidores, que acreditam que a economia nacional e global sofreriam com uma possível saída do Reino Unido do grupo.
"A melhor coisa a se fazer é trazer os argumentos, fazer as mudanças e depois levar isso ao povo britânico", disse. "Se houve incertezas, por que então tivemos um período extraordinário de investimentos no nosso país?"
O primeiro-ministro pretende detalhar seus planos para questões espinhosas com o controle de imigração antes do Natal, mas líderes europeus, como a chanceler alemã Angela Merkel, já sinalizaram que não aceitarão mudanças profundas a respeito do tema.
O líder da oposição, Ed Miliband, também discursou no evento e afirmou que flertar com a saída da União Europeia enviaria uma mensagem a potenciais investidores de que o Reino Unido não estava aberto a negócios e se tornou uma aposta arriscada.
Miliband também afirmou que seu partido construirá alianças para completar o mercado único europeu, além de introduzir medidas de controle de imigrantes de transição por um período mais longo.
Miliband também é favorável à proteção ao sistema de bem-estar social e a reforma orçamentária da União Europeia.
Todas as questões são contempladas pelo discurso de Cameron, mas Miliband defende que não haja transferências de poder de Londres para Bruxelas e que estas decisões sejam tomadas pelos britânicos, em referendo.
Fonte: Dow Jones Newswires.