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Cameron declara apoio internacional a governo na Somália

Anúncio é um dos sete pontos estipulados na conferência sobre o futuro do país africano realizada em Londres

Em entrevista coletiva posterior à reunião, Cameron disse que o novo Governo somali, que substituirá em agosto o atual Governo de transição, será formado em 30% por mulheres (Ben Stansall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 17h01.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, anunciou nesta quinta-feira o apoio da comunidade internacional a um novo Governo 'representativo' na Somália, que substituiria as atuais instituições de transição.

Este é um dos sete pontos estipulados na conferência sobre o futuro do país africano realizada em Londres, à qual participaram representantes de mais de 40 países e organismos internacionais, como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas.

Os participantes, entre eles a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, acordaram, além disso, tomar medidas para combater a pirataria e o terrorismo na Somália, país controlado em boa parte pela milícia Al Shabaab, vinculada à Al Qaeda.

Em entrevista coletiva posterior à reunião, Cameron disse que o novo governo somali, que substituirá em agosto o atual governo de transição, será formado em 30% por mulheres, todas as regiões estarão representadas e 'deve estar limpo de corrupção'.

Além disso, será criado um Conselho de gestão financeira para supervisionar que os ativos do país africano sejam investidos no bem comum, disse o primeiro-ministro.

Outro dos acordos surgidos nesta conferência se materializou na quarta-feira com a aprovação por parte da ONU de uma ampliação dos efetivos da missão da União Africana na Somália (Amisom), de 12 mil a 17.731 soldados, a proposta do Reino Unido.

Na entrevista coletiva, na qual também esteve presente o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Cameron ressaltou a importância de criar condições seguras no país para que o processo político possa prosperar.


A perguntas dos jornalistas, o primeiro-ministro somali, Abdiweli Mohammed Ali, disse que seriam possíveis ataques localizados do ar contra acampamentos do Al Shabaab, 'se não causarem baixas civis'.

Sobre a pirataria, o objetivo é aumentar a coordenação para deter os movimentos financeiros dos piratas e obter dados que sirvam para processá-los. Será feito um trabalho para ampliar a jurisdição onde os suspeitos poderão ser processados, na Tanzânia, em Seychelles e Mauricio.

Londres anunciou na quarta-feira a criação de um centro de inteligência nas Seychelles que será encarregado de recolher informações para os juízos.

Os presentes na reunião de Londres acordaram 'iniciar mais efetivos' para combater a atividade terrorista na Somália e impedir o movimento tanto dos terroristas como de seus ativos financeiros.

Também foram feitos acordos em outras áreas, como para a estabilidade e a recuperação do país, com ajudas previstas para o desenvolvimento das regiões, para supervisionar a evolução política e econômica, através do Grupo de contato sobre a Somália, e sobre ajuda humanitária.

Neste sentido, Hillary Clinton anunciou que os Estados Unidos fornecerão US$ 64 milhões em ajudas humanitárias para o Chifre da África.

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Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido , David Cameron, anunciou nesta quinta-feira o apoio da comunidade internacional a um novo Governo 'representativo' na Somália, que substituiria as atuais instituições de transição.

Este é um dos sete pontos estipulados na conferência sobre o futuro do país africano realizada em Londres, à qual participaram representantes de mais de 40 países e organismos internacionais, como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas.

Os participantes, entre eles a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, acordaram, além disso, tomar medidas para combater a pirataria e o terrorismo na Somália, país controlado em boa parte pela milícia Al Shabaab, vinculada à Al Qaeda.

Em entrevista coletiva posterior à reunião, Cameron disse que o novo governo somali, que substituirá em agosto o atual governo de transição, será formado em 30% por mulheres, todas as regiões estarão representadas e 'deve estar limpo de corrupção'.

Além disso, será criado um Conselho de gestão financeira para supervisionar que os ativos do país africano sejam investidos no bem comum, disse o primeiro-ministro.

Outro dos acordos surgidos nesta conferência se materializou na quarta-feira com a aprovação por parte da ONU de uma ampliação dos efetivos da missão da União Africana na Somália (Amisom), de 12 mil a 17.731 soldados, a proposta do Reino Unido.

Na entrevista coletiva, na qual também esteve presente o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Cameron ressaltou a importância de criar condições seguras no país para que o processo político possa prosperar.


A perguntas dos jornalistas, o primeiro-ministro somali, Abdiweli Mohammed Ali, disse que seriam possíveis ataques localizados do ar contra acampamentos do Al Shabaab, 'se não causarem baixas civis'.

Sobre a pirataria, o objetivo é aumentar a coordenação para deter os movimentos financeiros dos piratas e obter dados que sirvam para processá-los. Será feito um trabalho para ampliar a jurisdição onde os suspeitos poderão ser processados, na Tanzânia, em Seychelles e Mauricio.

Londres anunciou na quarta-feira a criação de um centro de inteligência nas Seychelles que será encarregado de recolher informações para os juízos.

Os presentes na reunião de Londres acordaram 'iniciar mais efetivos' para combater a atividade terrorista na Somália e impedir o movimento tanto dos terroristas como de seus ativos financeiros.

Também foram feitos acordos em outras áreas, como para a estabilidade e a recuperação do país, com ajudas previstas para o desenvolvimento das regiões, para supervisionar a evolução política e econômica, através do Grupo de contato sobre a Somália, e sobre ajuda humanitária.

Neste sentido, Hillary Clinton anunciou que os Estados Unidos fornecerão US$ 64 milhões em ajudas humanitárias para o Chifre da África.

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