Mundo

Câmara dos EUA aprova ajuda de US$ 40 bilhões à Ucrânia

O pacote inclui 6 bilhões de dólares que permitirão à Ucrânia se equipar com veículos blindados e fortalecer sua defesa antiaérea

Mariupol: Até agora, cerca de 500 civis foram retirados de Azovstal. (Leon Klein/Anadolu Agency/Getty Images)

Mariupol: Até agora, cerca de 500 civis foram retirados de Azovstal. (Leon Klein/Anadolu Agency/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 11 de maio de 2022 às 08h40.

Última atualização em 11 de maio de 2022 às 09h06.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira uma ajuda de US$ 40 bilhões à Ucrânia, depois que o presidente Joe Biden alertou que Kiev está ficando sem fundos para enfrentar a Rússia.

A assistência militar, humanitária e econômica foi aprovada por 368 votos a 57. Democratas e republicanos já acertaram os detalhes e o Senado deve aprová-la até a semana que vem.

"Com este programa de ajuda, os Estados Unidos enviam ao mundo um sinal da nossa sólida determinação de apoiar o bravo povo da Ucrânia até a vitória", ressaltou a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, em carta aos deputados.

O pacote inclui 6 bilhões de dólares que permitirão à Ucrânia se equipar com veículos blindados e fortalecer sua defesa antiaérea diante dos combates no leste e sul do país.

Também está prevista a destinação de alguns bilhões de dólares para garantir "a continuidade das instituições democráticas ucranianas", assim como um grande componente humanitário para enfrentar a invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, desde 24 de fevereiro.

Durante várias semanas, Biden pediu ao Congresso americano 33 bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia. Mas na noite de segunda-feira, os líderes legislativos democratas e republicanos acordaram em aumentar ainda mais a assistência e chegaram a um compromisso próximo dos US$ 40 bilhões.

A Casa Branca elogiou a votação, que considerou um "passo crítico" para ajudar a Ucrânia a "defender sua democracia" contra a agressão russa.

"Esperamos continuar trabalhando com os líderes do Senado para levar este projeto de lei ao gabinete do presidente rapidamente e manter o fluxo de assistência à Ucrânia sem interrupção", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em um comunicado

Após a aprovação na Câmara dos Representantes, resta a votação no Senado, que deve ratificar a ajuda. "Aprovar esse financiamento de emergência rapidamente é essencial para ajudar o povo ucraniano em sua luta contra o cruel Putin", insistiu o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, nesta terça-feira.

Em um Congresso acostumado às disputas políticas, estas medidas contam com um apoio bipartidário muito amplo.

Urgência

Em um comunicado na segunda-feira, Biden insistiu para que o Congresso vote "imediatamente" este financiamento. Há, segundo o Executivo norte-americano, urgência.

"Avaliamos que o presidente Putin está se preparando para um conflito prolongado na Ucrânia", disse a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, em audiência no Capitólio, sede do Congresso.

Ela acrescentou que o presidente russo provavelmente espera uma redução do apoio do Ocidente para Kiev, enquanto o conflito continua provocando escassez de alimentos e inflação, incluindo o aumento vertiginoso dos preços da energia.

Tradicional aliado na política externa dos presidentes norte-americanos, o Congresso já liberou quase 14 bilhões de dólares para a crise da Ucrânia em meados de março, depois de escutar o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, comparar o conflito de seu país com as horas mais obscuras da História estadunidense, como o ataque a Pearl Harbor e os atentados do 11 de setembro de 2001.

Biden promulgou na segunda-feira a criação de um programa que facilitará que os EUA enviem equipamento militar para a Ucrânia, mais de 80 anos depois de um plano similar ter iniciado a participação norte-americana na Segunda Guerra Mundial.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Governo BidenGuerrasJoe BidenRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado