EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2014 às 16h56.
Washington - O governo americano alegou nesta segunda-feira que o anúncio dos extremistas sunitas da criação de um califado nos territórios que controlam em Iraque e Síria "não tem sentido".
"Já ouvimos antes esse tipo de declaração do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL)", comentou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
"Essa declaração não tem sentido para as populações de Iraque e Síria", afirmou Psaki, acrescentando que os militantes estavam apenas tentando "controlar as pessoas através do medo".
Segundo a Casa Branca, os jihadistas que lideram a ofensiva no Iraque promoveram "uma campanha de terror, de atos brutais de violência e ideologia repressora que representam uma ameaça grave ao futuro do Iraque".
"O EIIL não luta por um Iraque mais forte, e sim para destruir aquele país. É por isso que você vê este governo trabalhar com líderes políticos iraquianos para encorajá-los a unir o país enquanto combatem esta ameaça existencial", explicou o porta-voz Josh Earnest.
Com a sessão de abertura do Parlamento iraquiano marcada para esta terça-feira, Jen Psaki disse que Washington "continua a pedir que os líderes iraquianos cheguem a um acordo envolvendo os postos críticos que são a chave" para a formação de um novo governo.
Em uma gravação divulgada domingo na internet, os jihadistas dizem que o califado se estenderá de Aleppo, no norte da Síria, a Diyala, no leste do Iraque, e ordenaram aos muçulmanos nessas áreas que "obedeçam a seu novo líder".
Califa foi o nome dado aos sucessores do profeta Maomé depois de sua morte, para designar o "emir dos fiéis" no mundo muçulmano.
Depois dos quatro primeiros califas que reinaram após a morte do profeta, o califado teve sua era de ouro na época dos Omíadas (661-750), e, principalmente, com os Abássidas (750-1517), antes de entrar em declínio, com o desmantelamento do Império Otomano, abolido em 1924.