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Brexit: oposição a plano de May ganha força e projeto pode ser derrotado

Pouco meses antes do Brexit, os negociadores ainda discutem um plano B para a fronteira terrestre entre a Irlanda do Norte caso não haja acordo

Theresa May: "O Brexit nos deixa com menos influência, menos controles das regras que temos que seguir", disse ex-ministra da Educação (Toby Melville/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 12h34.

Londres/Bruzelas - A estratégia da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , para o Brexit foi atacada de todos os lados nesta segunda-feira, o que aumenta o risco de o plano do governo para a desfiliação da União Europeia ser rejeitado no Parlamento, forçando o país a uma caótica separação sem acordo.

Faltando menos de cinco meses para a desfiliação do dia 29 de março, os negociadores ainda discutem um plano B para a fronteira terrestre entre a Irlanda do Norte, administrada pelo Reino Unido, e a Irlanda, membro do bloco, caso não haja acordo.

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O plano intermediário de May, que propõe manter laços comerciais estreitos com a UE no futuro, está sendo contestado por defensores do Brexit, por políticos pró-UE, pelo partido da Irlanda do Norte que sustenta seu governo e até por alguns de seus próprios ministros.

"Acho que é o pior de todos os mundos", disse Justine Greening, ex-ministra da Educação, à rádio BBC, acrescentando que não vê nenhuma chance de o plano ser aprovado pelo Parlamento.

"Ele nos deixa com menos influência, menos controles das regras que temos que seguir", disse Justine, que apoiou a permanência no bloco no referendo do Brexit em 2016.

Também nesta segunda-feira, em Bruxelas, o negociador-chefe da UE para o Brexit disse a ministros dos outros 27 países-membros que está esperando May sinalizar que garantiu votos suficientes para aprovar o acordo no Parlamento.

Fontes da UE dizem que, se esse sinal não chegar até o final de quarta-feira, uma cúpula especial do bloco para chancelar o acordo do Brexit não acontecerá em novembro. Agora os observadores do Brexit em Bruxelas contemplam o final de semana de 24 e 25 de novembro para uma possível cúpula no caso de um avanço.

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