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Breivik diz que quis castigar social-democracia por "importar" muçulmanos

O suposto autor dos atentados de Oslo declarou que o governo norueguês traiu o povo do país

Em sua primeira audiência, a porta fechadas, Anders Behring Breivik disse que tem "outras duas células" em sua organização (AFP)

Em sua primeira audiência, a porta fechadas, Anders Behring Breivik disse que tem "outras duas células" em sua organização (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 12h25.

Oslo - O suposto autor dos atentados de Oslo, Anders Behring Breivik, declarou diante do juiz que seu objetivo era "castigar a social-democracia" por trair o povo norueguês ao ter fomentado a "importação em massa de muçulmanos".

Breivik, de 32 anos, permanecerá quatro semanas em completo isolamento e ao menos outras quatro em prisão preventiva, anunciou nesta segunda-feira o tribunal do distrito de Oslo.

O autor confesso reconheceu ter colocado o carro-bomba em Oslo e baleado os jovens da ilha de Utoya, embora "não se sinta culpado" e tenha declarado "inocência".

"O detido confirmou (diante do juiz) que precisava executar os atentados para salvar a Noruega e a Europa ocidental dos muçulmanos e do marxismo cultural", relatou um porta-voz do tribunal do distrito de Oslo à imprensa.

Breivik explicou que com sua ação buscava "limitar" as futuras possibilidades do Partido Trabalhista norueguês de aceder ao poder, assim como mandar um "sinal forte" para que "não pudesse ser mal interpretado".

O suposto autor dos atentados afirmou em seu primeiro comparecimento judicial, a portas fechadas, que tem "outras duas células" em sua organização, segundo informou o juiz.

Após tomar seu depoimento, o juiz instrutor decidiu pedir a prisão preventiva de Breivik.

O ultradireitista e islamofóbico vai permanecer quatro semanas em completo isolamento - sem receber cartas, visitas ou conceder entrevistas -, até dia 22 de agosto, e ao menos outras quatro semanas em prisão preventiva, até 26 de setembro.

A Promotoria tem a opção, no entanto, de pedir a extensão do período de prisão para poder continuar as investigações, explicou o porta-voz do tribunal de distrito de Oslo.

O juiz considerou que as medidas "não são desproporcionais", dados os crimes que recaem sobre ele.

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