Mundo

Brasil pode levantar restrições a alimentos japoneses

Desde de acidente nuclear em Fukushima, o Brasil reinvindica aos exportadores agrícolas japoneses que especifiquem de qual província provêm seus produtos

Usina de Fukushima antes dos desastres: risco de contaminação pode complicar entrada de produtos agrícolas japoneses no Brasil (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

Usina de Fukushima antes dos desastres: risco de contaminação pode complicar entrada de produtos agrícolas japoneses no Brasil (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2011 às 11h43.

Tóquio - O Brasil pode levantar suas restrições à importação de produtos agrícolas japoneses assim que a situação na usina nuclear de Fukushima se estabilizar, indicou neste sábado o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

Patriota manteve hoje em Tóquio um encontro com o ministro das Relações Exteriores japonês, Takeaki Matsumoto, a quem transmitiu suas condolências pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março, em desastre que deixou mais de 28 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Em um encontro com jornalistas, o ministro brasileiro indicou que, "dependendo dos próximos eventos" na usina nuclear de Fukushima, "vamos considerar a possibilidade de mudar ou abolir as restrições, nos baseando nos padrões científicos estabelecidos pelas organizações internacionais", segundo a agência local "Kyodo".

Desde 11 de março, dia em que ocorreu o terremoto que gerou o tsunami e o acidente nuclear em Fukushima, o Brasil fez a reivindicação aos exportadores agrícolas japoneses que especificassem de qual província provêm seus produtos.

Os exportadores também devem declarar o nível de radiação de seus produtos, indicando se são menores que os estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em comparecimento conjunto com Patriota, Matsumoto assegurou que o Governo japonês transmitirá a informação "correta, adequada e a tempo" sobre a crise em Fukushima.

Além disso, os dois ministros se mostraram a favor de manter os projetos econômicos em andamento entre Brasil e Japão, e de colaborar na reforma da ONU.

Vivem no Brasil cerca de 1,5 milhão de japoneses, enquanto há 270 mil brasileiros no Japão, o que constitui a maior comunidade estrangeira no país asiático.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorDesastres naturais

Mais de Mundo

Exército sudanês recupera cidade-chave controlada por paramilitares

Extrema direita alemã expõe seus planos radicais às vésperas das eleições

Procurador responsável por investigações contra Trump renuncia

México vai enviar reforços aos EUA para combate incêndios em Los Angeles