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Brasil avança na conservação da Amazônia, diz relatório

Noruega pagou 1,7 bilhão de dólares para combater o desmatamento tropical de 2008 a 2013 no Brasil e em outros lugares


	Amazônia: taxa de desmatamento do Brasil e as correspondentes emissões de gases-estufa caíram fortemente
 (WimediaCommons)

Amazônia: taxa de desmatamento do Brasil e as correspondentes emissões de gases-estufa caíram fortemente (WimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 10h12.

Oslo - O Brasil teve bom progresso em proteger a floresta amazônica, disse nesta segunda-feira um relatório da Noruega, um importante doador para a preservação ambiental.

A Noruega, país rico por seu petróleo e gás, pagou 10,3 bilhões de coroas (1,7 bilhão de dólares) para combater o desmatamento tropical de 2008 a 2013 no Brasil e em outros lugares, de acordo com um relatório feito pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad, na sigla em inglês), financiada pelo governo.

“A taxa de desmatamento do Brasil e as correspondentes emissões de gases-estufa caíram fortemente”, disse o relatório sobre o progresso da proteção na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.  Projetos financiados com dinheiro norueguês no Brasil estão “traçando o caminho para futuras reduções”, disse o documento. 

A Noruega destinou ao Brasil 720 milhões de dólares para ajudar a apoiar programas no país, informou o relatório. A Noruega prometeu ao Brasil, em 2008, até 1 bilhão de dólares para ajudar a desacelerar o desmatamento, dependendo do desempenho brasileiro.

Sob um acordo semelhante em 2010, a Noruega se comprometeu em destinar até 1 bilhão de dólares para a Indonésia, a qual tem a terceira maior floresta tropical, atrás apenas da Amazônia e de uma floresta no Congo, afetada por desmatamento de grandes áreas para dar espaço para plantações.

A Indonésia teve “bom progresso” no planejamento de proteger florestas, disse a Norad. Mas, segundo a agência, “a mudança de governo e as fraquezas nas bases legais” para a proteção da floresta “representam um sério risco de que as conquistas possam ser perdidas”.

O presidente-eleito Joko Widodo assume no lugar do antecessor Susilo Bambang Yudhoyono em outubro. “Pode haver novas prioridades”, disse à Reuters Ida Hellmark, que coordenou a relatório na Norad, apontando para os riscos de mais destinação de território para plantio de palma.  A

té agora, a Indonésia só obteve 2 por cento dos pagamentos totais da Noruega, segundo a Norad.  Florestas absorvem dióxido de carbono quando crescem e o liberam quando apodrecem ou queimam. O desmatamento, feito principalmente para abrir espaço para plantação, responde por um quinto das emissões humanas dos gases do efeito estufa, de acordo com estimativa da ONU. 

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