Rebelde do Exército Livre da Síria com uma bateria anti-aérea em Alepo (Goran Tomasevic/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 07h12.
Cairo - O regime sírio concentrou nesta sexta-feira seus bombardeios em Damasco e na cidade de Alepo, onde também houve enfrentamentos entre as tropas governamentais e os rebeldes, informaram os grupos opositores.
Um dia depois de os ativistas terem denunciado a morte de mais de 200 pessoas em todo o país, as forças do regime sírio prosseguiram com sua ofensiva para recuperar os redutos rebeldes.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o número de vítimas fatais já chega a 13, enquanto os Comitês de Coordenação Local (CCL) contam 15 mortos.
As localidades de Moadamiya, Qudsaiya, Yalda e Deir al Asafir, na periferia da capital, foram alvo de bombas e ataques aéreos.
Na cidade de Damasco, os bombardeios castigaram os bairros de Nahr Aisha, onde há franco-atiradores postados nos terraços, e Tadamun, cujas casas e lojas sofreram danos. Também houve ataques nos bairros de Al Qadem e Al Asali.
Além disso, na estrada que cruza Nahr Aisha, os CCL assinalaram que acontecem duros combates entre os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) e as tropas governamentais.
Enfrentamentos entre os dois lados também ocorreram na estrada Mutahaleq, próxima ao bairro de Kafr Susa, uma das fortificações opositoras.
Em Alepo, cenário de uma sangrenta batalha por seu controle há um mês, os combates entre ELS e tropas governamentais acontecem no bairro de Al Amuriya.
O regime também bombardeou vários bairros desta cidade, entre eles Al Maysar, onde, segundo a Comissão Geral para Revolução Síria, 20 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque a uma padaria.
Esse ataque ainda não foi documentado por outros grupos opositores, mas, se for confirmado, seria o segundo contra uma padaria em Alepo em 24 horas, um dia depois de 40 pessoas terem morrido em um caso similar.
Outras províncias, como Deraa, Homs e Deir ez Zor, também foram cenário de bombardeios e operações militares das forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Diante da continuação da violência, nesta quinta-feira o Conselho de Segurança da ONU deu por finalizada a missão dos observadores internacionais desdobrados na Síria, embora tenha decidido abrir um pequeno escritório político do organismo em Damasco.