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Bombardeio do Exército no Paquistão deixa 35 mortos

Pelo menos 35 insurgentes morreram em um bombardeio do Exército do Paquistão sobre a área tribal do Waziristão do Norte


	Militares no Paquistão: "há relatórios que confirmam a morte de 35 insurgentes, incluindo estrangeiros", disse um alto comando militar 
 (Faisal Mahmood/Reuters)

Militares no Paquistão: "há relatórios que confirmam a morte de 35 insurgentes, incluindo estrangeiros", disse um alto comando militar  (Faisal Mahmood/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 13h03.

Islamabad - Pelo menos 35 insurgentes morreram em um bombardeio do Exército do Paquistão sobre a área tribal do Waziristão do Norte, no noroeste do país, informaram nesta quinta-feira fontes militares.

"Há relatórios que confirmam a morte de 35 insurgentes, incluindo estrangeiros", disse um alto comando militar ao canal local "Geo".

Fontes não identificadas afirmaram ao canal que entre os mortos no bombardeio está o comandante taleban Abdul Sattar, que supostamente planificou o atentado a um furgão policial na cidade meridional de Karachi em 13 de fevereiro, no qual morreram 13 policiais e outras 40 pessoas ficaram feridas.

Segundo um comunicado das Forças Armadas recebido anteriormente pela Agência Efe e que confirmava até então a morte de 15 islamitas, a operação aconteceu na zona de Mirali e nela "foram destruídos enormes arsenais de armas e munição".

As dificuldades de acesso aos remotos e montanhosos enclaves do noroeste do país fazem quase impossível contrastar com fontes independentes os dados apresentados pelo aparelho de segurança sobre os frequentes combates com a insurgência islamita.

A operação aérea aconteceu no dia seguinte da morte de um oficial do Exército em um tiroteio com os talebans perto da cidade noroeste de Peshawar e após o falecimento na segunda-feira de outro militar na vizinha zona tribal do Waziristão do Sul.

Há um mês, os militares anunciaram a morte de 30 insurgentes, entre eles vários estrangeiros, em uma série de bombardeios aéreos no Waziristão do Norte lançados também em dias posteriores às ações insurgentes contra as Forças Armadas.

Uma nota divulgada na quarta-feira pelo serviço de relações públicas da instituição armada ressaltou que 460 "inocentes" morreram desde setembro passado, quando os partidos políticos decidiram majoritariamente promover o diálogo com a insurgência taleban.

O Governo paquistanês começou há duas semanas conversas formais com o principal grupo taleban do país, o TTP, mas o processo ficou suspenso pela recusa dos emissários governamentais a continuar até que não haja um cessar-fogo dos fundamentalistas.

Desde que começaram as negociações, mais de 50 pessoas morreram em ações do TTP e seus aliados, enquanto estende o ceticismo sobre o resultado de um processo de diálogo que, segundo vários analistas e diplomatas estrangeiros, é reprovado pelo Exército.

O Paquistão registrou no último ano um notável aumento da atividade terrorista e quebrou uma tendência de baixa iniciada em 2010.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, no ano passado foram cometidos no país asiático mais de 1.700 atentados -61% deles perpetrado pelo TTP e seus aliados- nos quais morreram cerca de 2.500 pessoas, 19% mais que em 2012.

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