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Bombardeio de coalizão é "agressão flagrante", diz Assad

"Exemplo mais recente é a flagrante agressão dos EUA contra uma posição do Exército Árabe Sírio em benefício da organização terrorista Daesh", diz Assad


	Bashar al-Assad: o presidente sírio ressaltou a importância do apoio oferecido pelo Irã e pela Rússia a seu país
 (AFP/AFP)

Bashar al-Assad: o presidente sírio ressaltou a importância do apoio oferecido pelo Irã e pela Rússia a seu país (AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 11h14.

Beirute - O presidente da Síria, <a href="https://exame.com.br/topicos/bashar-al-assad"><strong>Bashar al-Assad</strong></a>, qualificou nesta segunda-feira de "agressão flagrante" o bombardeio da coalizão internacional, liderada pelos <a href="https://exame.com.br/topicos/estados-unidos"><strong>Estados Unidos</strong></a>, que no último fim de semana causou a <a href="https://exame.com.br/topicos/mortes"><strong>morte </strong></a>de 90 soldados sírios.</p>

Segundo um comunicado da presidência síria, Assad lamentou que "sempre que o Estado sírio alcança um progresso notável por terra ou através de reconciliações nacionais, os países que são hostis à Síria aumentam seu apoio às organizações terroristas".

O chefe de Estado sírio acrescentou que "o exemplo mais recente é a flagrante agressão dos EUA contra uma posição do Exército Árabe Sírio em benefício da organização terrorista Daesh" (acrônimo em árabe do Estado Islâmico).

Além disso, Assad considerou que as partes que são hostis à Síria estão desdobrando todos os seus esforços e recursos para manter "a guerra terrorista" em seu território.

O presidente sírio fez essas declarações durante uma reunião hoje em Damasco com o responsável iraniano, Hussein Jaberi Ansari, assistente do Ministério das Relações Exteriores de seu país para assuntos árabes e africanos.

Por outro lado, o presidente sírio ressaltou a importância do apoio oferecido pelo Irã e pela Rússia a seu país.

O Pentágono admitiu no sábado que era "possível" que bombardeios da coalizão internacional tivessem atacado pessoal e veículos das forças armadas sírias na cidade de Deir ez Zor, no nordeste do país.

Em comunicado, o Departamento de Defesa dos EUA assegurou que as forças da coalizão internacional acreditavam que estavam atacando uma posição de um grupo de militantes do Estado Islâmico (EI), que estavam monitorando durante "uma quantidade significativa de tempo".

O ataque causou a morte de mais de 90 efetivos das tropas governamentais sírias, segundo a apuração do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), mas veículos de imprensa oficiais sírios situaram o número em 83.

O bombardeio aconteceu contra uma posição militar, situada no monte Zarda, próxima do aeroporto militar de Deir ez Zor.

As declarações de hoje de Assad acontecem depois que ontem à noite terminou a trégua de uma semana, sem que, por enquanto, nenhuma das partes em conflito tenha declarado seu fim ou um possível prolongamento.

No entanto, o Estado-Maior russo acusou hoje a oposição de violar continuamente a trégua e afirmou que, "nestas condições, o cumprimento do cessar-fogo pelas forças governamentais é inútil". 

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