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Ao menos 7 morrem em bombardeio em hospital da MSF no Iêmen

Os mortos são pacientes que estavam no centro médico e um engenheiro iemenita que trabalhava para a MSF no hospital, situado na cidade de Abs


	Iêmen: os aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita seguem sobrevoando a região
 (Anees Mahyoub / Reuters)

Iêmen: os aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita seguem sobrevoando a região (Anees Mahyoub / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2016 às 12h56.

Sana - Pelo menos sete pessoas morreram e outras dez ficaram feridas com gravidade em um bombardeio efetuado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita contra um hospital de campanha da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) no noroeste do Iêmen, informaram à Agência Efe algumas pessoas que testemunharam o ocorrido.

Os mortos são pacientes que estavam no centro médico e um engenheiro iemenita que trabalhava para a MSF no hospital, situado na cidade de Abs.

Um das testemunhas, Mustafa Mohammed, disse à Efe que dois terços do hospital ficaram destruídos e que os feridos estão recebendo atendimento de urgência na parte que ficou de pé e está operacional.

Os aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita seguem sobrevoando a região, segundo essa mesma fonte, por isso existe o temor de que possam realizar novos ataques.

Abs fica na província de Hashah, localizada cerca de 130 quilômetros ao noroeste da capital, Sana, e a 65 quilômetros da fronteira com a Arábia Saudita.

A cidade fica próxima da estrada que liga o porto de Al Hudeida, no Mar Vermelho, com a passagem fronteiriça de Harad, a principal entre o Iêmen e a Arábia Saudita, e por ela passa também a principal estrada entre Sana e a fronteira.

Esta não é a primeira vez que um centro médico administrado pela MSF é atacado por aviões da coalizão árabe em território iemenita, como denunciou a organização humanitária em várias ocasiões, mas a aliança militar sempre negou este fato.

No dia 10 de janeiro, quatro pessoas morreram depois que um projétil caiu em um hospital da MSF na província de Saada, vizinha a Hashah e principal reduto dos rebeldes houthis.

A coalizão árabe, integrada por países muçulmanos sunitas, realiza uma intervenção no Iêmen contra os rebeldes xiitas desde março de 2015, quando estes expulsaram o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi do país. 

Texto atualizado às 12h55

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