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Bolívia denuncia Chile pela prisão de três soldados

Três soldados ingressaram inadvertidamente no Chile durante uma operação contra o contrabando, segundo o Governo boliviano


	Chile: os três soldados bolivianos, de entre 18 e 21 anos, permanecem detidos de forma preventiva enquanto as autoridades desse país analisam o caso.
 (AFP/Arquivo / Martin Bernetti)

Chile: os três soldados bolivianos, de entre 18 e 21 anos, permanecem detidos de forma preventiva enquanto as autoridades desse país analisam o caso. (AFP/Arquivo / Martin Bernetti)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 17h05.

La Paz - A Bolívia denunciou nesta segunda-feira perante a ONU a detenção e encarceramento dos três soldados bolivianos que entraram em território chileno portando armas de guerra e acusou o Chile de violar o direito internacional com este "gesto inamistoso" e "desproporcional".

O embaixador da Bolívia na ONU, Sacha Llorenti, enviou hoje uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para denunciar o ocorrido no último dia 25 de janeiro, quando os três soldados ingressaram inadvertidamente no Chile durante uma operação contra o contrabando, segundo o Governo boliviano.

A Justiça chilena negou na semana passada a liberdade aos soldados detidos, nomeados pelo Executivo boliviano como "heróis do mar", já que considera que são "reféns políticos" do Chile em represália pela reivindicação marítima da Bolívia ao Governo chileno para recuperar o litoral perdido na Guerra do Pacífico no final do século 19.

"Cabe notar que na referida região não existem sinais que delimitem a linha fronteiriça e que os soldados bolivianos realizaram as ações (...) com a convicção que todas se desenvolviam em território boliviano", indica a carta do embaixador boliviano.

Denuncia, além disso, que os supostos contrabandistas perseguidos pelos soldados bolivianos ficaram em liberdade. "Tal conduta representa um evidente descumprimento dos tratados internacionais em matéria de cooperação jurídica internacional", assinala a carta.

Os três soldados bolivianos, de entre 18 e 21 anos, permanecem detidos de forma preventiva enquanto as autoridades desse país analisam o caso, que tem como prazo de investigação até o dia 25 de fevereiro. 

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