Mundo

Bolívia denuncia à ONU fechamento do espaço aéreo europeu

Governo boliviano decidiu denunciar França, Itália, Portugal e Espanha por fecharem temporariamente seu espaço aéreo ao presidente Evo Morales

O presidente da Bolívia, Evo Morales: "estamos levando adiante todas as denúncias em nível internacional", disse representante do governo (Maxim Shemetov/AFP)

O presidente da Bolívia, Evo Morales: "estamos levando adiante todas as denúncias em nível internacional", disse representante do governo (Maxim Shemetov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 10h57.

La Paz - A Bolívia decidiu denunciar à ONU e ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) França, Itália, Portugal e Espanha por fecharem temporariamente nesta terça-feira seu espaço aéreo ao presidente Evo Morales, disse nesta quarta-feira o vice-presidente e presidente em funções, Alvaro García.

"Como governo estamos levando adiante todas as denúncias em nível internacional. Já fizemos a denúncia ante as Nações Unidas e nas próximas horas faremos a denúncia diante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos", disse García em uma coletiva de imprensa em La Paz.

García explicou que o objetivo das medidas é "iniciar um processo contra os responsáveis por esta violação do direito internacional, por esta violação do direito aéreo e por colocar em risco a vida do presidente, ao proibi-lo de passar pelo território de alguns países europeus, algo que nem em tempo de guerra acontece".

Quando viajava de Moscou a La Paz, depois de participar de uma cúpula de países produtores de gás natural, Morales soube em pleno voo que Portugal negava uma escala técnica de reabastecimento, e depois França e Itália proibiram o uso de seu espaço aéreo.

A Espanha somou-se posteriormente a este veto, o que obrigou o avião presidencial a pousar no aeroporto de Viena e permanecer parado até a madrugada desta quarta-feira.

A chancelaria boliviana explicou na terça-feira que a medida obedeceu ao rumor de que estaria presente na aeronave o americano foragido Edward Snowden, exigido pelos Estados Unidos após revelar um vasto plano mundial de espionagem.

O próprio Morales havia levantado a possibilidade na capital russa de estudar um eventual pedido de asilo político de Snowden.

Depois de várias horas, os quatro países europeus autorizaram o uso de seus céus, enquanto La Paz reiterou que tudo obedeceu a um plano orquestrado pelos Estados Unidos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaDireitos civisEuropaEvo MoralesONUPolíticos

Mais de Mundo

Com Itália envelhecida, projeto quer facilitar ida de imigrantes para trabalhar no país; entenda

Premiê de Bangladesh cancela viagem ao Brasil após protestos em massa

Supremo de Bangladesh anula cotas de emprego que geraram protestos com mais de 100 mortos

Coreia do Norte lança mais balões de lixo e Seul diz que tocará k-pop na fronteira como resposta

Mais na Exame