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Boeing faz acordo para evitar julgamento civil por acidente com Boeing 737 MAX da Ethiopian

Queda de aeronave aconteceu em março de 2019 quando viajava entre Addis Abeba e Nairóbi, no Quênia

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Agência de notícias

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 07h23.

Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 07h25.

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A fabricante aeroespacial americana Boeing alcançou, nesta segunda-feira, 11, um acordo de última hora para evitar um julgamento civil pelo acidente de um de seus aviões 737 MAX 8, operado pela companhia aérea Ethiopian Airlines, no qual morreram 157 pessoas em 2019.

Com o julgamento previsto para começar na terça-feira, fontes próximas ao caso disseram à AFP que a empresa e a família de uma jovem que morreu na tragédia chegaram a um acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz.

Segundo uma fonte judicial próxima do caso, a denúncia em questão se referia a Manisha Nukavarapu, e o objetivo do julgamento era simplesmente "determinar o valor da indenização", sem avaliar "qualquer elemento sobre a responsabilidade da Boeing".

O juiz será informado sobre o acordo em uma audiência nesta terça-feira, segundo a fonte. Procurados pela AFP, nem os advogados que representam os familiares nem a Boeing fizeram comentários.

Nukavarapu, solteira e sem filhos, embarcou em um Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines em 10 de março de 2019 para fazer a rota entre a capital etíope Addis Abeba e Nairóbi, no Quênia.
Mas o avião caiu a sudeste da capital etíope seis minutos depois da decolagem.

Vários julgamentos foram cancelados por acordos alcançados antes da abertura do processo, segundo um documento judicial de junho de 2023.

Uma fonte indicou que familiares de 155 vítimas apresentaram denúncias civis entre abril de 2019 e março de 2021, por homicídio culposo e negligência, entre outras.

Em 22 de outubro, restavam "30 denúncias abertas relacionadas com 29 pessoas falecidas", afirmou outra fonte próxima do caso.

A Boeing "aceitou publicamente e em procedimentos civis a responsabilidade pelos acidentes do MAX, porque o desenho do MCAS [software antibloqueio] contribuiu para esses acontecimentos", assinalou um advogado da fabricante durante uma audiência em outubro.

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