Bo Xilai não é visto como ameaça na China
Vários apoiadores conhecidos de Bo se distanciaram do Partido Zhi Xian, formado por seguidores do malfadado político
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 19h51.
Pequim - Um partido político formado por seguidores do malfadado político Bo Xilai não parece ser uma ameaça ao regime comunista, mas é mais um exemplo do crescente número de cidadãos que se manifesta por seus direitos.
Vários apoiadores conhecidos de Bo se distanciaram do Partido Zhi Xian (literalmente "a Constituição é a autoridade suprema").
Sua formação, na semana passada, desafia a antiga proibição do Partido Comunista a outras agremiações políticas, mas o Zhi Xian dificilmente conseguirá levar militantes para as ruas ou exigir a reabilitação política de Bo.
No entanto, sua fundadora, Wang Zheng, se soma ao crescente número de chineses dispostos a se mobilizar publicamente por seus direitos, incluindo ambientalistas e grupos como o Movimento dos Novos Cidadãos, que defende a instauração de mudanças a partir de dentro do sistema.
Os líderes chineses, temerosos de que eventuais críticas escapem ao controle e gerem instabilidade, adotaram uma posição linha-dura e já prenderam muitos desses ativistas, inclusive o dissidente Xu Zhiyong, fundador do Movimento dos Novos Cidadãos.
"Somos cada vez mais. Precisamos pressionar a liderança e nos erguer por nossos direitos", disse Wu Lihong, ativista ambiental da China central, atualmente sob prisão domiciliar. "Só então a China pode progredir." Até agora, o governo não parece tomar nenhuma medida direta contra Wang, mas a casa dela está sob vigilância de policiais e agentes à paisana.
Wang, acadêmica em Pequim, disse à Reuters que não é uma revolucionária antigoverno e que não está desafiando a hegemonia política do Partido Comunista, a qual ela aceita como sendo algo entronizado na Constituição.
Segundo ela, o partido Zhi Xian reivindica apenas que o governo garanta direitos como a liberdade de associação e eleições.
"Há muitos sistemas importantes fornecidos pela Constituição, como o Congresso Nacional Popular e representantes populares em vários níveis, mas isso não está acontecendo de acordo com a Constituição. É isso que quero salientar." Bo, ex-dirigente do Partido Comunista na cidade de Chongqing, era considerado um líder em ascensão da ala esquerda do partido, mas caiu em desgraça depois de ser acusado de corrupção e abuso de poder. Ele foi condenado em setembro à prisão perpétua e teve a pena confirmada em outubro.
O presidente chinês, Xi Jinping, vem recentemente buscando o apoio dos partidários esquerdistas de Bo às reformas econômicas a serem discutidas numa reunião a portas fechadas do Comitê Central do Partido Comunista. O governo deixou claro que não há nenhum tipo de reforma política à vista.
Pequim - Um partido político formado por seguidores do malfadado político Bo Xilai não parece ser uma ameaça ao regime comunista, mas é mais um exemplo do crescente número de cidadãos que se manifesta por seus direitos.
Vários apoiadores conhecidos de Bo se distanciaram do Partido Zhi Xian (literalmente "a Constituição é a autoridade suprema").
Sua formação, na semana passada, desafia a antiga proibição do Partido Comunista a outras agremiações políticas, mas o Zhi Xian dificilmente conseguirá levar militantes para as ruas ou exigir a reabilitação política de Bo.
No entanto, sua fundadora, Wang Zheng, se soma ao crescente número de chineses dispostos a se mobilizar publicamente por seus direitos, incluindo ambientalistas e grupos como o Movimento dos Novos Cidadãos, que defende a instauração de mudanças a partir de dentro do sistema.
Os líderes chineses, temerosos de que eventuais críticas escapem ao controle e gerem instabilidade, adotaram uma posição linha-dura e já prenderam muitos desses ativistas, inclusive o dissidente Xu Zhiyong, fundador do Movimento dos Novos Cidadãos.
"Somos cada vez mais. Precisamos pressionar a liderança e nos erguer por nossos direitos", disse Wu Lihong, ativista ambiental da China central, atualmente sob prisão domiciliar. "Só então a China pode progredir." Até agora, o governo não parece tomar nenhuma medida direta contra Wang, mas a casa dela está sob vigilância de policiais e agentes à paisana.
Wang, acadêmica em Pequim, disse à Reuters que não é uma revolucionária antigoverno e que não está desafiando a hegemonia política do Partido Comunista, a qual ela aceita como sendo algo entronizado na Constituição.
Segundo ela, o partido Zhi Xian reivindica apenas que o governo garanta direitos como a liberdade de associação e eleições.
"Há muitos sistemas importantes fornecidos pela Constituição, como o Congresso Nacional Popular e representantes populares em vários níveis, mas isso não está acontecendo de acordo com a Constituição. É isso que quero salientar." Bo, ex-dirigente do Partido Comunista na cidade de Chongqing, era considerado um líder em ascensão da ala esquerda do partido, mas caiu em desgraça depois de ser acusado de corrupção e abuso de poder. Ele foi condenado em setembro à prisão perpétua e teve a pena confirmada em outubro.
O presidente chinês, Xi Jinping, vem recentemente buscando o apoio dos partidários esquerdistas de Bo às reformas econômicas a serem discutidas numa reunião a portas fechadas do Comitê Central do Partido Comunista. O governo deixou claro que não há nenhum tipo de reforma política à vista.