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Bloomberg investirá US$ 50 mi para frear violência das armas

O primeiro grande investimento político de Michael Bloomberg desde que ele deixou a prefeitura de Nova York se contrapõe à National Rifle Association, poderoso lobby pró-armas

Michael Bloomberg examina arma confiscada: ele estabeleceu um foco bem específico para seu projeto - as mulheres e, principalmente, as mães (Andrew Kelly/Files/Reuters)

Michael Bloomberg examina arma confiscada: ele estabeleceu um foco bem específico para seu projeto - as mulheres e, principalmente, as mães (Andrew Kelly/Files/Reuters)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 21 de abril de 2014 às 23h03.

São Paulo - O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg voltou aos holofotes ao anunciar que irá contribuir com 50 milhões de dólares na criação de uma rede nacional para frear a violência das armas.

Esse é o primeiro grande investimento político de Bloomberg desde que ele deixou a prefeitura, segundo o New York Times. O objetivo do ex-prefeito é competir com a National Rifle Association (em português, ANR), um lobby pró-armas muito influente no país.

Para Bloomberg, os defensores do controle de armas podem aprender uma lição com essa organização: retaliar os políticos que não consigam apoiar seus interesses - inclusive os democratas.

Estratégia

Ainda de acordo com o NYT, o novo projeto de Michael Bloomberg não pretende pedir restrições federais para certas armas, e sim a expansão da fiscalização estadual e nacional na hora da compra dos armamentos. 

A principal área de atuação abrange quinze estados – desde aqueles em as iniciativas para o controle de armas têm avançado, como Colorado e Washington, até os mais hostis, como Texas, Montana e Indiana. 

Ao invés dos tradicionais anúncios na televisão, Bloomberg estabeleceu um foco bem específico para seu projeto: as mulheres – em particular, as mães. A estratégia foi inspirada por grupos como o “Mothers Against Drunk Driving”, e a própria ANR já usa a tática de convencer grupos com motivações singulares a irem para as urnas.

Futuro

A iniciativa do ex-prefeito já tem uma meta: um milhão de novos apoiadores nesse ano - além dos 1,5 mi que o projeto já possui. 

Bloomberg, que foi prefeito de Nova York de 2002 até dezembro do ano passado, reconheceu que seus projetos precisam de não só dinheiro, mas tempo – dois elementos que ele, agora, tem de sobra.

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