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Biden vai à Polônia em meio à crise de refugiados; veja últimas notícias

Após agenda de encontro com líderes europeus sobre a guerra na Ucrânia, o presidente americano, Joe Biden, visita a Polônia nesta sexta-feira, 25

Biden (à dir.), ao lado de Andrzej Duda, da Polônia, em reunião da Otan na quinta-feira, 24: visita do presidente americano à região de fronteira com a Ucrânia (FRANCOIS WALSCHAERTS/POOL/AFP/Getty Images)

Biden (à dir.), ao lado de Andrzej Duda, da Polônia, em reunião da Otan na quinta-feira, 24: visita do presidente americano à região de fronteira com a Ucrânia (FRANCOIS WALSCHAERTS/POOL/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2022 às 07h33.

Última atualização em 25 de março de 2022 às 09h02.

  • O presidente americano, Joe Biden, visita a Polônia nesta sexta-feira;
  • No sábado, se encontra com o presidente Andrzej Duda; 
  • A guerra na Ucrânia chega hoje a 30 dias;
  • Tropas ucranianas teriam recuperado parte dos arredores de Kiev;
  • A Ucrânia diz que 300 pessoas morreram no bombardeio a um teatro em Mariupol em 16 de março.

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Biden na Polônia

O presidente dos EUA, Joe Biden, visita nesta sexta-feira, 25, a Polônia, país que se tornou centro da crise de refugiados com a guerra na Ucrânia.

O conflito chega hoje a 30 dias, após os primeiros ataques em 24 de fevereiro.

Durante a visita, Biden vai à região leste de fronteira da Polônia, na cidade de Rzeszów, a aproximadamente 80 quilômetros da Ucrânia. Também conversará com tropas americanas no país, que é membro da Otan, aliança militar do Atlântico Norte.

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No sábado, Biden se encontra com o presidente polonês, Andrzej Duda (com quem também já havia se encontrado em reuniões europeias na quinta-feira, 24).

Na agenda estão discussões sobre a "crise humanitária e de direitos humanos", disse a Casa Branca. 

A viagem, na prática, tem por objetivo demonstrar imagem de solidariedade e unidade do Ocidente em meio à guerra, com a presença de Biden diretamente à região onde se concentram parte dos refugiados. 

São 3,7 milhões de refugiados vindos da Ucrânia até 24 de março, segundo atualização do Acnur, comissariado das Nações Unidas para refugiados.

Incluindo os que migraram dentro da própria Ucrânia, a Unicef, braço da ONU para infância, afirma que metade das crianças ucranianas teve de sair de casa.  

O governo da Polônia, que antes da guerra começava a ser criticado por violações democráticas e pouco espaço à oposição no país, têm recebido elogios ao ser destino de mais de dois milhões de refugiados.

A expectativa é que parte dos ucranianos começará cada vez mais a se dirigir também a outros países no oeste europeu após passar pela Polônia apenas como destino inicial.

A crise, a maior desde a Segunda Guerra Mundial, deve pressionar de forma crescente os sistemas públicos nos países europeus caso o conflito se prolongue. Os EUA também afirmaram ontem que aceitarão 100 mil refugiados.

Acordo para gás à UE

Biden também chega à Polônia após uma agenda intensa de reuniões na quinta-feira com líderes europeus da Otan e do G7, grupo das sete maiores economias do mundo.

Dentre os temas, um dos mais prioritários foi um acordo entre EUA e União Europeia para tentar reduzir a dependência dos europeus do petróleo e gás russos. Será criada uma força-tarefa para, segundo os países, "diversificar" as fontes de importação de gás natural na UE, onde 40% dos insumos vêm da Rússia.

Os EUA afirmaram que vão trabalhar com "parceiros" para entregar à União Europeia 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural a mais neste ano. O Canadá também afirmou que aumentará sua produção.

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Joe Biden, presidente dos EUA, e Olaf Scholz, chanceler alemão: acordo EUA-UE para fornecimento de gás (Valeria Mongelli/Bloomberg/Getty Images)

O anúncio vem dias depois de a Rússia comunicar que passará a exigir pagamento de seu gás vendido aos europeus em rublos, moeda local, em meio ao congelamento de suas reservas em dólar e euro no exterior.

A medida pode levar a problemas de oferta de gás na Europa nas próximas semanas, enquanto a UE sofre pressões para que não pague a Rússia em rublos e não ajude a fortalecer a moeda.

Os anúncios da quinta-feira incluíram ainda bloqueios das potências Ocidentais a transações do Banco Central russo em reservas de ouro, o que era visto como uma possibilidade para que a Rússia contornasse sanções a suas reservas em dinheiro.

Ameaça de expulsão russa do G20

O Kremlin também comentou hoje sobre a ameaça de expulsão do G20, comunicada por líderes ocidentais na quinta-feira. O G20 reúne 20 das principais economias do mundo, incluindo o Brasil e a China. Não há ainda consenso para expulsar a Rússia, uma vez que as reuniões de ontem não envolveram todos os países.

A Rússia já havia sido expulsa do antigo G8 (hoje G7) após a guerra na Crimeia, então território ucraniano anexado em 2014.

"O formato do G20 é importante, mas nas atuais circunstâncias, quando a maioria dos participantes está num estado de guerra econômica contra nós, nada terrível vai acontecer", disse o porta-voz Dmitry Peskov.

Ucrânia recupera subúrbios de Kiev

No campo de batalha, com a guerra chegando a um mês, forças ucranianas teriam recuperado nesta sexta-feira regiões nos arredores de Kiev. Em Lukyanovka, perto da capital, a Ucrânia afirma ter destruído tanques e infantaria.

A informação sobre ganhos ucranianos perto de Kiev é afirmada também em relatório desta sexta-feira do Departamento de Defesa do Reino Unido. A região que teria sido tomada é estratégica por quebrar linhas de suprimento do exército russo.

A Rússia não tem conseguido avançar em Kiev, enquanto a Ucrânia tem maiores problemas no sul e no leste do país.

O cerco a Mariupol continua, com crescentes preocupações sobre a situação de direitos humanos dos mais de 100 mil moradores ainda sitiados. A vice-premiê Iryna Vereshchuk disse hoje que serão feitas novas tentativas de evacuação na cidade, mas moradores terão de sair primeiro em seus carros privados e depois encontrar ônibus ucranianos nos arredores.

As evacuações na cidade tem sido lentas, enquanto faltam água e comida aos moradores sitiados. Autoridades de Rússia e Ucrânia culpam o lado oposto por tentativas falhas de corredores humanitários nas últimas semanas.

300 mortos em teatro em Mariupol

Também nesta sexta-feira, autoridades ucranianas afirmaram pelo Telegram que o número de mortos no bombardeio em 16 de março a um teatro em Mariupol, que servia como abrigo, chegou a ao menos 300 pessoas.

A informação não pode ser verificada por agências internacionais. Ludmyla Denisova, da comissão de direitos humanos do Parlamento ucraniano, diz que 1.300 pessoas estavam se refugiando no local no dia do ataque.

*A matéria poderá ser atualizada com novas informações sobre a guerra na Ucrânia nesta sexta-feira, 25 de março. Última atualização às 9h02. 


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