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Biden culpa republicanos por ordem que deu para fechar fronteiras

Presidente dos EUA faz esforço para diminuir entrada de imigrantes ilegais pelo sul do país

Joe Biden, presidente dos EUA, durante discurso na Casa Branca (Chip Somodevilla/AFP)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 5 de junho de 2024 às 09h17.

O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu ações executivas nesta terça, 4, com o objetivo de restringir a travessia de migrantes pela fronteira sul, um esforço de última hora para diminuir o fluxo de entradas ilegais antes da eleição presidencial de novembro.

Biden anunciou a medida, que veio na forma de uma proclamação presidencial similar a um decreto, na Casa Branca ao lado de prefeitos e membros do Congresso dos Estados localizados na fronteira com o México.

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"Venho aqui para fazer o que os republicanos no Congresso se recusam a fazer, tomar as medidas necessárias para garantir a proteção de nossa fronteira", disse Biden, referindo-se à legislação bipartidária que foi bloqueada pelo Partido Republicano. "Os republicanos não me deixaram outra escolha."

O presidente orientou os departamentos de Justiça e de Segurança Interna a efetivamente banir migrantes que buscam asilo se eles cruzarem a fronteira ilegalmente.

Se as travessias ilegais ultrapassarem 2,5 mil por dia - como tem acontecido durante quase todo o mandato de Biden - a proibição entraria em vigor com o fechamento temporário da fronteira. Ela só seria suspensa após a Patrulha da Fronteira voltar a registrar 1,5 mil travessias ilegais por dia ou menos por pelo menos uma semana. A Casa Branca esperava que a proibição entrasse em vigor imediatamente. Ela poderá ser ativada e desativada repetidamente até que Biden ou um futuro presidente revogue a proclamação.

Não estava claro se a medida teria algum impacto mensurável na fronteira sem uma infusão de dinheiro do Congresso para implementá-la ou se ela entraria em vigor mesmo com as esperadas contestações legais. A organização de defesa dos direitos humanos ACLU disse ontem que planeja processar o governo.

O ex-presidente Donald Trump emitiu um programa muito semelhante em 2018, que foi rapidamente considerado ilegal por várias cortes federais. A Justiça decidiu que a proibição violava a lei de imigração, que afirma que uma pessoa pode pedir asilo independentemente de como ela entrou no país.

A Casa Branca diz que sua proibição é diferente da versão Trump por incorporar mais exceções para emergências humanitárias.

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