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Biden deve anunciar nova liberação de estoque de petróleo para conter alta

Preço da gasolina tem batido recordes nos EUA em meio à guerra na Ucrânia. A Opep, organização de países produtores, também se reúne nesta quinta-feira

Biden: anúncio de liberação de estoques para tentar conter o preço do petróleo (Drew Angerer/Getty Images)

Biden: anúncio de liberação de estoques para tentar conter o preço do petróleo (Drew Angerer/Getty Images)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 31 de março de 2022 às 07h31.

Última atualização em 31 de março de 2022 às 07h44.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar ainda nesta quinta-feira, 31, uma grande liberação de estoques de petróleo americanos. O objetivo é tentar conter o preço dos combustíveis nos EUA, que está ajudando a levar a inflação a valores recorde.

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Segundo apuraram os jornais Financial Times e Washington Post, a Casa Branca pode fazer o anúncio ainda que sem os detalhes específicos do plano. Um pronunciamento do presidente está marcado para esta tarde.

Se confirmada, será a terceira medida do tipo anunciada desde novembro.

O preço do barril de petróleo no mercado internacional caiu com as notícias do anúncio de Biden:

  • o WTI, referência nos EUA, caía quase 6% às 7h;
  • o barril do tipo Brent (referência usada também pela Petrobras no Brasil) também caía 6%, indo para perto de US$ 107.

Também nesta quinta-feira, a Opep, organização de países produtores de petróleo, se reúne para decidir políticas de oferta, incluindo com participação da Rússia.

Biden tem pressionado aliados no Oriente Médio, como a Arábia Saudita, a aumentar sua produção, mas não é esperado até o momento que o grupo anuncie mudanças bruscas na reunião de hoje.

Inflação nos EUA

Os EUA consomem cerca de 20 milhões de barris por dia, um quinto da demanda global. As altas no preço internacional do petróleo desde o ano passado, e especialmente após o início da guerra no fim de fevereiro, têm feito a inflação local disparar.

Em fevereiro, ainda sem os impactos diretos da guerra e do banimento ao petróleo russo anunciado pelo governo americano, a inflação nos EUA ficou em 7,9%, a maior desde 1982.

A média nacional do preço da gasolina nos postos superou US$ 4,2 o galão (métrica usada nos EUA), e mais de US$ em alguns estados, um recorde, segundo levantamento diário da Associação Automobilística Americana.

Os preços altos têm impactado a popularidade do presidente Joe Biden, às vésperas das eleições legislativas de meio de mandato (as chamadas midterms). O Partido Democrata, do presidente, deve perder sua maioria no Congresso, segundo as pesquisas.

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