Biden concede perdão 'total e incondicional' ao filho Hunter e evita que ele seja preso
Democrata havia dito que não perdoaria a sentença do filho após condenações por fraude fiscal e compra ilegal de arma
Redação Exame
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 05h57.
Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 06h36.
O presidente dos EUA, Joe Biden , concedeu perdão "total e incondicional" ao seu filho Hunter Biden na noite deste domingo, evitando assim uma possível prisão pelas condenações por compra ilegal de arma e sonegação de US$ 1,4 milhão em impostos.
Esse dispositivo significa que Hunter não será sentenciado por seus crimes. O presidente eleito Donald Trump não pode revogar esse perdão.
O jornal The New York Times afirmou que não é a primeira vez que um presidente usa seu poder para perdoar a pena de um familiar. Em seu último dia no cargo, o ex-presidente Bill Clinton perdoou seu irmão Roger Clinton por antigas acusações de uso de cocaína. Já Donald Trump, um mês antes de deixar o cargo,perdoou o pai de seu genro Jared Kushner, Charles Kushner, por sonegação fiscal e outros crimes.
A publicação lembrou, entretanto, que tanto Roger Clinton quanto Kushner já tinha cumprido as penas quando o perdão foi concedido.Biden havia prometido que não iria usar os poderes da presidência para beneficiar membros da família.
"Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter", declarou Biden no domingo, alegando que a acusação contra ele foi "política" e um "erro judicial".
O perdão cobre quaisquer crimes federais em potencial que Hunter Biden cometeu “de 1º de janeiro de 2014 a 1º de dezembro de 2024”, o que na prática cobre todo o seu mandato no conselho da empresa de gás ucraniana Burisma. Ele foi alvo de investigações por seus controversos negócios com a companhia, e Trump disse que ele deveria ser processado por suas atividades na Ucrânia.