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Bernanke: taxa de desemprego nos EUA ainda preocupa

Presidente do Fed disse que está incentivando os bancos a concederem empréstimos a pequenos negócios, que têm um papel chave na criação de empregos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Detroit - Para o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, mesmo que a economia dos Estados Unidos esteja se expandindo há quase um ano a persistente alta taxa de desemprego continua a ser uma importante preocupação. Discursando em Detroit, em uma reunião com representantes de pequenas empresas de Michigan, Bernanke afirmou nesta quinta-feira que o Fed está incentivando os bancos a concederem empréstimos a pequenos negócios dignos de crédito, que têm um papel chave na criação de empregos. "O alto desemprego impõe pesados custos aos trabalhadores e suas famílias, assim como à sociedade como um todo", afirmou Bernanke.

O relatório mensal de empregos do governo dos EUA, previsto para sair amanhã, deve mostrar que as folhas de pagamentos incharam bastante em maio, já que a economia norte-americana continuou a crescer. Mas grande parte do aumento deve vir de contratações de trabalhadores temporários. Além do mais, a subida pode não ter sido suficiente para reduzir significativamente a taxa de desemprego de 9,9% registrada em abril.

Bernanke destacou a diminuição de crédito a pequenos negócios, que passou de US$ 700 bilhões no segundo trimestre de 2008, para cerca de US$ 660 bilhões no primeiro trimestre de 2010. Bernanke afirmou que fica difícil saber o quanto desta redução deve-se à menor demanda por empréstimos pelas pequenas empresas e o quanto as condições mais duras dos bancos são as responsáveis. Seja qual for a razão, o Fed está tentando assegurar que as pequenas empresas merecedoras consigam o crédito necessário.

A maioria dos bancos dos EUA dificultou os empréstimos no primeiro trimestre deste ano. Os grandes bancos facilitaram alguns padrões de crédito comercial e industrial, mas para companhias maiores. Bernanke não fez previsões sobre a política monetária norte-americana.

As informações são da Dow Jones.

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