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Berlusconi diz que não entregará Itália aos comunistas

Pouco antes da declaração, primeiro-ministro italiano recebeu assobios e gritos exigindo sua renúncia

Berlusconi, premiê italiano: outras jovens apareceram para acusar o político (Sean Gallup/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 14h54.

Roma - O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que na próxima segunda-feira se apresenta perante o tribunal de Milão acusado de corrupção em ato judicial, disse nesta quinta-feira que não entregará o país aos comunistas.

"Sigo adiante, não vou deixar o país nas mãos dos comunistas" garantiu Berlusconi a um grupo de pessoas que o aplaudia ao descer do carro durante a sua chegada ao monumento denominado "Altar da Pátria", por ocasião do 150º aniversário da unificação da Itália.

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Pouco depois, na colina de Gianicolo onde continuou a cerimônia, Berlusconi recebeu assobios e gritos exigindo sua renúncia, enquanto outros o encorajavam a "se manter firme".

O jornal "Repubblica" anunciou nesta quinta-feira um novo material sobre a investigação judicial do chamado "caso Ruby", no qual Berlusconi está acusado de indução à prostituição e abuso de menores, por causa de sua suposta relação com a menor de origem marroquina Karima el Mahroug.

O jornal publica declarações de várias jovens que supostamente participaram das festas na Villa de Arcore que Berlusconi tem nas proximidades de Milão e detalhes sobre suas despesas pessoais de até 21 milhões de euros.

De acordo com o jornal, em 2010 foram retiradas da conta bancária pessoal do primeiro-ministro quase 13 milhões de euros, enquanto em 2009 o número quase alcançou a marca de 8 milhões de euros.

Pelas testemunhas anunciadas pela procuradoria, as jovens supostamente recebiam dinheiro em envelopes com 500, 1 mil, 2 mil, 5 mil euros em notas de 500 e que de sua conta fazia transações bancárias de 10 a 20 mil euros para as jovens.

Parte do dinheiro que saiu das contas de Berlusconi foi entregue pelo administrador do primeiro-ministro, Giuseppe Spinelli, ao representante das jovens, Lele Mora, que também é investigado pela procuradoria de Milão junto ao diretor de noticiários da emissora de televisão "Desafie Quattro", Emilio Fede, e à conselheira da região da Lombardia Nicole Minetti.

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