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Belém reduzirá celebrações de Natal por causa de violência

A pedido das autoridades da Palestina, a prefeitura, comandada por Vera Baboun, decidiu fazer cerimônias mais discretas

Violência em Israel: este ano não haverá concertos ao ar livre e as tradicionais procissões com música de bandas de escoteiros (Reuters / Mohamad Torokman)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 13h13.

Jerusalém - A prefeitura de Belém decidiu reduzir as celebrações do Natal este ano por causa da onda de violência na região, onde morreram mais de uma centena de palestinos e cerca de 20 israelenses nos últimos dois meses em ataques palestinos e enfrentamentos com o exército israelense .

A pedido das autoridades da Palestina, a prefeitura, comandada por Vera Baboun, decidiu fazer cerimônias mais discretas, confirmaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes oficiais palestinas.

Este ano não haverá concertos ao ar livre e as tradicionais procissões com música de bandas de escoteiros, nem a refeição que se segue tradicionalmente à iluminação da árvore do Natal, que acontecerá no fim de semana que vem na Praça da Manjedoura, em frente à Igreja da Natividade, construída sobre a gruta onde nasceu Jesus, como reza a tradição cristã.

Também haverá menos decorações públicas e os fogos de artifício que marcavam o início das celebrações serão substituídos pelo repicar uníssimo de todos os sinos das igrejas da cidade no próximo sábado, a partir das 19h30 (15h30 em Brasília), em um gesto de apoio à paz.

Belém convidou a igrejas de todo o mundo a se unirem a este ato simbólico.

"Considerando o ambiente geral que prevalece por enquanto na Terra Santa, a prefeitura de Belém decidiu manter o calendário de eventos, mas com algumas mudanças", assinalou o Patriarcado Latino de Jerusalén em comunicado.

As mudanças foram vistas "como uma amostra de respeito com os mártires (palestinos de Belém mortos por fogo do exército israelense), com suas famílias e pela situação em si mesma", explicou Baboun.

"As principais celebrações são religiosas e nesse sentido tudo se manterá igual, especialmente as do dia 24. O Natal é uma celebração nacional, mas ao mesmo tempo, estamos vivendo uma situação especial e temos que mostrar compaixão com os que morrem a cada dia, por isso este ano celebraremos mais silenciosamente, como uma amostra de solidariedade", disse hoje à Agência Efe o padre Jamal Khader, reitor do Seminário do Patriarcado Latino em Belém.

"É importante encontrar um equilíbrio. Não vamos cancelar as celebrações, mas também não podemos decorar as ruas como em outros anos, o que seria uma falta de sensibilidade com os demais", acrescentou o religioso, que lembrou que o Natal é "um sinal de esperança e de uma nova vida, que se faz sentir mais perto dos que sofrem".

Já um representante da Igreja Luterana em Belém, assinalou a Efe que "entende a decisão", e explicou que "haverá menos música em público", o que não tem tanta importância porque "o Natal é sobretudo uma celebração do nascimento de Jesus e uma mensagem de paz".

Palestina e Israel vivem uma onda de violência, com ataques quase diários de palestinos contra israelenses (a maioria com armas brancas) e confrontos entre jovens palestinos e forças de segurança israelenses, que deixaram, desde 1º de outubro, 108 palestinos, 19 israelenses e duas pessoas de outras nacionalidades mortos.

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Jerusalém - A prefeitura de Belém decidiu reduzir as celebrações do Natal este ano por causa da onda de violência na região, onde morreram mais de uma centena de palestinos e cerca de 20 israelenses nos últimos dois meses em ataques palestinos e enfrentamentos com o exército israelense .

A pedido das autoridades da Palestina, a prefeitura, comandada por Vera Baboun, decidiu fazer cerimônias mais discretas, confirmaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes oficiais palestinas.

Este ano não haverá concertos ao ar livre e as tradicionais procissões com música de bandas de escoteiros, nem a refeição que se segue tradicionalmente à iluminação da árvore do Natal, que acontecerá no fim de semana que vem na Praça da Manjedoura, em frente à Igreja da Natividade, construída sobre a gruta onde nasceu Jesus, como reza a tradição cristã.

Também haverá menos decorações públicas e os fogos de artifício que marcavam o início das celebrações serão substituídos pelo repicar uníssimo de todos os sinos das igrejas da cidade no próximo sábado, a partir das 19h30 (15h30 em Brasília), em um gesto de apoio à paz.

Belém convidou a igrejas de todo o mundo a se unirem a este ato simbólico.

"Considerando o ambiente geral que prevalece por enquanto na Terra Santa, a prefeitura de Belém decidiu manter o calendário de eventos, mas com algumas mudanças", assinalou o Patriarcado Latino de Jerusalén em comunicado.

As mudanças foram vistas "como uma amostra de respeito com os mártires (palestinos de Belém mortos por fogo do exército israelense), com suas famílias e pela situação em si mesma", explicou Baboun.

"As principais celebrações são religiosas e nesse sentido tudo se manterá igual, especialmente as do dia 24. O Natal é uma celebração nacional, mas ao mesmo tempo, estamos vivendo uma situação especial e temos que mostrar compaixão com os que morrem a cada dia, por isso este ano celebraremos mais silenciosamente, como uma amostra de solidariedade", disse hoje à Agência Efe o padre Jamal Khader, reitor do Seminário do Patriarcado Latino em Belém.

"É importante encontrar um equilíbrio. Não vamos cancelar as celebrações, mas também não podemos decorar as ruas como em outros anos, o que seria uma falta de sensibilidade com os demais", acrescentou o religioso, que lembrou que o Natal é "um sinal de esperança e de uma nova vida, que se faz sentir mais perto dos que sofrem".

Já um representante da Igreja Luterana em Belém, assinalou a Efe que "entende a decisão", e explicou que "haverá menos música em público", o que não tem tanta importância porque "o Natal é sobretudo uma celebração do nascimento de Jesus e uma mensagem de paz".

Palestina e Israel vivem uma onda de violência, com ataques quase diários de palestinos contra israelenses (a maioria com armas brancas) e confrontos entre jovens palestinos e forças de segurança israelenses, que deixaram, desde 1º de outubro, 108 palestinos, 19 israelenses e duas pessoas de outras nacionalidades mortos.

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