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Batalha pela dívida segue para o Congresso dos Estados Unidos

Enquanto isso, o relógio corre até 5 de junho, quando o Tesouro estima que o governo começará a ficar sem dinheiro para pagar suas contas

Discussão sobre a dívida dos EUA chega ao Congresso (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 28 de maio de 2023 às 15h49.

Última atualização em 28 de maio de 2023 às 15h49.

Um princípio de acordo para evitar um default catastrófico nos Estados Unidos alcançado após uma maratona de negociações enfrenta, a partir deste domingo, 28, o desafio de obter a aprovação do Congresso.
Embora o acordo provisório anunciado no sábado pelo presidente Joe Biden e pelo líder republicano Kevin McCarthy tenha afastado o país da crise econômica, seus compromissos não garantiram o apoio necessário para uma aprovação rápida na Câmara dos Representantes e no Senado.
Enquanto isso, o relógio corre para o prazo de 5 de junho, quando o Tesouro estima que o governo começará a ficar sem dinheiro para pagar suas contas e honrar suas dívidas.
Um default pode ter consequências catastróficas, incluindo levar os Estados Unidos à recessão e desencadear um colapso econômico global.
A estrutura básica do acordo suspende o teto da dívida federal, que atualmente é de US$ 31,4 trilhões (157,3 trilhões de reais, no câmbio atual), por dois anos, o suficiente para passar pelas próximas eleições presidenciais de 2024 e permitir que o governo continue pegando dinheiro emprestado e permaneça solvente.
Em troca, os republicanos garantiram alguns limites aos gastos federais durante o mesmo período.

Teste de liderança

A oposição ao projeto de lei vem, por um lado, da extrema direita dos republicanos, que querem mais cortes nos gastos públicos. Por outro, dos democratas progressistas, que não querem cortes.
McCarthy pediu que votem a favor na próxima quarta-feira na Câmara dos Representantes, onde a pequena maioria de seu partido exigirá apoio significativo dos democratas para compensar a dissidência republicana.
A aprovação do acordo será um grande teste para a liderança de Biden e McCarthy em seus respectivos partidos e seus poderes de persuasão para atrair os céticos.
McCarthy disse no domingo à Fox News que os cortes de gastos federais foram uma grande vitória, insistindo que 95% dos republicanos da Câmara estavam "muito entusiasmados".
"Pode não agradar a todos, mas é um passo na direção certa que ninguém esperava que conseguíssemos", sublinhou.

Oposição no Congresso

A nota estridente da oposição republicana foi entregue pelo deputado Dan Bishop, membro do ultraconservador House Freedom Caucus, que tuitou um emoji de vômito e criticou McCarthy por alcançar "quase zero".
McCarthy e Biden estavam programados para conversar neste domingo para finalizar o acordo. Depois, um texto do projeto de lei será divulgado e começará uma intensa campanha do partido para garantir votos no Congresso para conseguir a aprovação.
Ambas as partes cederam. Biden inicialmente se recusou a negociar sobre questões de gastos como condição para aumentar o teto da dívida, acusando os republicanos de manter a economia como refém.
E os grandes cortes que os republicanos queriam não foram aprovados, embora os gastos não relacionados à defesa se manterão estáveis no próximo ano e só aumentarão nominalmente a partir de 2025.
"O acordo representa um compromisso, o que significa que nem todos conseguem o que querem. Essa é a responsabilidade de governar", disse Biden.

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Um princípio de acordo para evitar um default catastrófico nos Estados Unidos alcançado após uma maratona de negociações enfrenta, a partir deste domingo, 28, o desafio de obter a aprovação do Congresso.
Embora o acordo provisório anunciado no sábado pelo presidente Joe Biden e pelo líder republicano Kevin McCarthy tenha afastado o país da crise econômica, seus compromissos não garantiram o apoio necessário para uma aprovação rápida na Câmara dos Representantes e no Senado.
Enquanto isso, o relógio corre para o prazo de 5 de junho, quando o Tesouro estima que o governo começará a ficar sem dinheiro para pagar suas contas e honrar suas dívidas.
Um default pode ter consequências catastróficas, incluindo levar os Estados Unidos à recessão e desencadear um colapso econômico global.
A estrutura básica do acordo suspende o teto da dívida federal, que atualmente é de US$ 31,4 trilhões (157,3 trilhões de reais, no câmbio atual), por dois anos, o suficiente para passar pelas próximas eleições presidenciais de 2024 e permitir que o governo continue pegando dinheiro emprestado e permaneça solvente.
Em troca, os republicanos garantiram alguns limites aos gastos federais durante o mesmo período.

Teste de liderança

A oposição ao projeto de lei vem, por um lado, da extrema direita dos republicanos, que querem mais cortes nos gastos públicos. Por outro, dos democratas progressistas, que não querem cortes.
McCarthy pediu que votem a favor na próxima quarta-feira na Câmara dos Representantes, onde a pequena maioria de seu partido exigirá apoio significativo dos democratas para compensar a dissidência republicana.
A aprovação do acordo será um grande teste para a liderança de Biden e McCarthy em seus respectivos partidos e seus poderes de persuasão para atrair os céticos.
McCarthy disse no domingo à Fox News que os cortes de gastos federais foram uma grande vitória, insistindo que 95% dos republicanos da Câmara estavam "muito entusiasmados".
"Pode não agradar a todos, mas é um passo na direção certa que ninguém esperava que conseguíssemos", sublinhou.

Oposição no Congresso

A nota estridente da oposição republicana foi entregue pelo deputado Dan Bishop, membro do ultraconservador House Freedom Caucus, que tuitou um emoji de vômito e criticou McCarthy por alcançar "quase zero".
McCarthy e Biden estavam programados para conversar neste domingo para finalizar o acordo. Depois, um texto do projeto de lei será divulgado e começará uma intensa campanha do partido para garantir votos no Congresso para conseguir a aprovação.
Ambas as partes cederam. Biden inicialmente se recusou a negociar sobre questões de gastos como condição para aumentar o teto da dívida, acusando os republicanos de manter a economia como refém.
E os grandes cortes que os republicanos queriam não foram aprovados, embora os gastos não relacionados à defesa se manterão estáveis no próximo ano e só aumentarão nominalmente a partir de 2025.
"O acordo representa um compromisso, o que significa que nem todos conseguem o que querem. Essa é a responsabilidade de governar", disse Biden.
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