Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, advertiu nesta quarta-feira, 24, para o risco de consequências "altamente adversas", caso o Congresso e a Casa Branca não cheguem a um acordo para elevar o teto da dívida do governo federal. Durante entrevista em evento do Wall Street Journal, a autoridade disse que já vê estresse nos mercados financeiros por causa do impasse, inclusive em leilão de títulos (bills).

O que disse Janet Yellen?

Yellen afirmou que o governo enfrentará "decisões muito difíceis" em seus pagamentos, caso o teto da dívida não seja elevado. Anteriormente, ela havia informado em carta que a falta de recursos ocorreria "provavelmente" a partir de 1º de junho. Nesta quarta, Yellen disse que o Tesouro trabalha para atualizar em breve o Congresso sobre a data, buscando dar mais exatidão a ela. De qualquer forma, ela reafirmou ser "altamente provável" que o problema da falta de recursos ocorra no início do próximo mês.

Segundo Yellen, a proposta inicial do governo já era de reduzir o déficit em US$ 3 trilhões, ao longo de dez anos. Nas negociações com a oposição republicana, o presidente Joe Biden propôs um corte extra de US$ 1 trilhão no déficit, apontou. Ela acrescentou que há uma equipe experiente de negociadores tratando do tema.

Yellen disse ainda ser "muito importante" o compromisso de governo e oposição para que o país não entre em default. Isso ajuda a proteger também o dólar e os Treasuries, mencionou. Questionada sobre preparos para um eventual calote, a autoridade disse que o Tesouro não está envolvido nessas conversas, mas sim em buscar contornar o problema.

A secretária do Tesouro disse que a responsabilidade fiscal é "extremamente importante" e que os rumos da política fiscal podem ser discutidos. Segundo ela, o governo Biden tem mostrado esse foco. A questão ao elevar o teto da dívida, reforçou Yellen é para pagar dívidas já aprovadas pelo Congresso, sem criar novos débitos.

Em geral, maior concentração entre os grandes bancos não é desejável, afirma secretária

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen também defendeu que, em geral, uma maior concentração entre os grandes bancos do país "não é desejável". Durante evento do Wall Street Journal, ela destacou a importância de um setor bancário diverso, com companhias de diferentes tamanhos e tipos, servindo a diferentes necessidades.

Yellen disse que é preciso garantir que aconteça uma "competição saudável" na economia em geral, e também no setor bancário. Ao mesmo tempo, lembrou que a compra de um banco em dificuldades por outro é algo previsto nas regras.

A secretária do Tesouro ainda foi questionada, no evento, sobre a força da inflação no país. Ela avaliou que a inflação está caindo, com problema na oferta sendo em grande medida mitigados na maioria dos setores. Houve ainda queda nos preços da gasolina lembrou.

O mercado de trabalho está apertado, o que "pode ser um fator que ajuda a puxar o núcleo da inflação", admitiu Yellen.

Segundo ela, porém, é possível que ocorra uma melhora na inflação sem avanço significativo do desemprego.

Créditos

Últimas Notícias

ver mais
Governo estima déficit fiscal de R$ 141,4 bi em 2023 e anuncia bloqueio de R$ 588 mi do Orçamento
Economia

Governo estima déficit fiscal de R$ 141,4 bi em 2023 e anuncia bloqueio de R$ 588 mi do Orçamento

Há um dia
Assembleia da Vale elege Dario Durigan como novo membro do Conselho Fiscal
Economia

Assembleia da Vale elege Dario Durigan como novo membro do Conselho Fiscal

Há um dia
Na China, Xangai e Pequim anunciam relaxamento de regras para investimento estrangeiro direto
Economia

Na China, Xangai e Pequim anunciam relaxamento de regras para investimento estrangeiro direto

Há um dia
Mercado Livre e Shopee recebem aval para isenção de imposto em compras internacionais de até US$ 50
Economia

Mercado Livre e Shopee recebem aval para isenção de imposto em compras internacionais de até US$ 50

Há um dia
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais