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Bashar al-Assad diz que Síria vive "estado de guerra"

Assad ressaltou que, na situação atual, todas as políticas governamentais "têm de estar dirigidas a vencer essa guerra"

Devastação na Síria: segundo dados da ONU, mais de 11 mil pessoas perderam a vida nos conflitos que começaram em 2011 (©AFP/Shaam News Network / -)

Devastação na Síria: segundo dados da ONU, mais de 11 mil pessoas perderam a vida nos conflitos que começaram em 2011 (©AFP/Shaam News Network / -)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 18h30.

Damasco - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou nesta terça-feira que o país vive "um verdadeiro estado de guerra", em discurso durante a cerimônia de juramento do novo governo nacional.

"Estamos vivendo um verdadeiro estado de guerra com todas suas características e com todo o sentido da palavra", ressaltou Assad, no discurso mencionado pela agência de notícias oficial "Sana".

Assad ressaltou que, na situação atual, todas as políticas governamentais "têm de estar dirigidas a vencer essa guerra".

No último dia 12, o subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, o francês Hervé Ladsous, disse que a situação da Síria já era de guerra civil ante o "enorme aumento da violência".

Em resposta, as autoridades de Damasco disseram um dia depois que o termo guerra civil "não se adéqua à realidade" da Síria, onde, em sua opinião, há um conflito contra grupos terroristas.

A ONU decidiu nesta terça-feira manter suspensas as operações dos observadores na Síria ante a incessante violência no país, anunciou o próprio Ladsous.

O responsável argumentou que as condições in loco são ainda "perigosas demais" para os militares desarmados que integram a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS).

Segundo dados da ONU, mais de 11 mil pessoas perderam a vida na Síria desde que, em março de 2011, eclodiram protestos populares duramente reprimidos pelo regime.

Os cerca de 16 meses de violência contínua obrigaram dezenas de milhares de pessoas a se deslocarem de forma interna e outras cerca de 60 mil a buscar refúgio nos países vizinhos, principalmente Jordânia, Turquia e Líbano. 

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