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Base aliada impede nova convocação de Palocci no Congresso

Oposição tentou aprovar um requerimento para o ministro prestar esclarecimentos na Comissão de Controle de Atividades de Inteligência

O líder da maioria no Senado, Renan Calheiros, reclamou não ter sido chamado para a reunião  (Agência Brasil)

O líder da maioria no Senado, Renan Calheiros, reclamou não ter sido chamado para a reunião (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 17h24.

Brasília - A oposição tentou hoje (7), durante reunião da Comissão de Relações Mistas de Controle de Atividades de Inteligência, aprovar mais um requerimento de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. No entanto, a base aliada conseguiu frustrar a intenção dos oposicionistas.

O documento foi apresentado pelo deputado Paulo Abi-ackel (PSDB) e pelo senador Mário Couto (PSDB-PA). No entanto, representes da base do governo alegaram que não foram convidados para a reunião e, por isso, a votação do requerimento não poderia ocorrer.

O senador Fernando Collor (PTB-AL) argumentou ainda que a comissão não existe na prática. Isso porque, segundo ele, para funcionar é "imprescindível" que o Congresso aprove o Projeto de Resolução do Congresso 02/2008, de autoria da deputada Rose de Freitas.

"Esse projeto de resolução trata do estatuto da comissão, sem o qual não podemos deliberar nada", disse Collor. "Nenhuma deliberação terá efeito prático sem esse estatuto", acrescentou.

O presidente do colegiado, deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), discordou, dizendo que a comissão está em funcionamento. Já Abi-ackel afirmou que a apresentação do requerimento foi regimental. "Estou amparado pelo regimento. Nós, da minoria, temos o direito de exercer nossas prerrogativas", justificou o tucano.

Com a chegada em massa de parlamentares da base do governo, o requerimento acabou não sendo votado e a reunião foi encerrada. "Essa é uma votação que tem vício de formação. O requerimento é inapto para o assunto que trata essa comissão", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

O líder da maioria no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que nenhum representante da maioria nem o líder do governo foram convidados para a reunião da comissão.

"Essa é uma tentativa desesperada querendo transformar uma comissão especifica para fiscalizar as atividades de inteligência do país em palco de disputa política. É um golpe de mão", acusou Renan. "A falta do convite não é culpa da presidência", rebateu Leréia.

O senador Mário Couto ressaltou que a oposição tem o direito de convocar Palocci para explicar sua evolução patrimonial e declarar para quais empresas prestou consultoria. "É um direito de um senador apresentar um requerimento de convocação de ministro."

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