Mundo

Bangladesh recusa apoio estrangeiro e elogia ações internas

Segundo as autoridades locais, não há necessidade de apoio externo porque o socorro foi suficiente e exemplar


	Equipes de resgate trabalham nos escombros do prédio que desabou em Bangladesh deixando centenas de mortos: só será possível determinar o número total das vítimas após a remoção
 (REUTERS/Stringer)

Equipes de resgate trabalham nos escombros do prédio que desabou em Bangladesh deixando centenas de mortos: só será possível determinar o número total das vítimas após a remoção (REUTERS/Stringer)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 11h50.

Brasília – O governo de Bangladesh recusou a ajuda internacional para colaborar no socorro e apoio às vítimas do desabamento de um prédio comercial, ocorrido há seis dias. Segundo as autoridades locais, não há necessidade de apoio externo porque o socorro foi suficiente e exemplar. As operações no local permanecem, mas as autoridades afastaram as esperanças dos parentes que aguardavam encontrar mais pessoas vivas.

O governo rechaçou as acusações de negligência nas operações de socorro e de buscas. "Não sentimos necessidade de recorrer à ajuda estrangeira de emergência porque o nosso dispositivo de socorro foi suficiente e mostrou ser exemplar", disse o ministro do Interior do Bangladesh, Mustak Ahmed. "O nosso Exército, os nossos bombeiros e voluntários fizeram um bom trabalho. Também estamos bem equipados", acrescentou.

Pelo menos 382 pessoas morreram no acidente. As autoridades do país informaram que só será possível determinar o número total das vítimas depois da remoção dos escombros. As operações de limpeza começaram ontem (29), após a suspensão das buscas de sobreviventes.

Pelas informações oficiais, aproximadamente 2,4 mil pessoas foram resgatadas com vida do edifício, no qual trabalhavam 3 mil. "O nosso objetivo é realizar a operação o mais depressa possível. Mas prudentemente. Há corpos nos escombros", disse o porta-voz das Forças Armadas, Shahinul Islam.

No edifício havia cinco fábricas, que produziam roupas para marcas ocidentais, como a espanhola Mango e irlandesa Primark. A Primark se comprometeu a pagar indenizações às vítimas. O grupo canadense de alimentos Loblaw também anunciou a intenção de prestar ajuda às famílias das vítimas.O grupo Loblaw distribui a marca de vestuário Joe Fresh.

O governo anunciou um plano de inspeção das fábricas de tecidos e roupas no país, denunciadas por irregularidades. De acordo com um assessor do governo do Bangladesh, uma comissão presidida por um ministro de Estado vai supervisionar a inspeção de todas as fábricas de roupas e verificar se estão dentro da lei. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

Acompanhe tudo sobre:BangladeshDesabamentosDiplomacia

Mais de Mundo

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos

Israel mata membros do alto escalão do braço armado do Hamas na Cidade de Gaza

Lavrov diz que os EUA devem dar “primeiro passo” para restaurar o diálogo com a Rússia