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Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2010 às 07h10.
Paris - O presidente do Banco da França, Christian Noyer, afirmou nesta terça-feira que serão necessários "de cinco a dez anos" de rigor orçamentário para o país poder sair totalmente da crise atual.
Caso a França tente se recuperar de forma mais rápida "podemos ter um efeito negativo sobre o crescimento", segundo Noyer, que ressaltou que é preciso fazê-lo "progressivamente", e que isso levará "pelo menos cinco ou seis anos", podendo chegar a dez.
Em declarações à emissora televisiva "Europe 1", o governador do Banco da França alertou que o principal obstáculo para o crescimento é o "medo" da população, que teme que a situação piore e seja necessário subir os impostos.
"Se queremos que o crescimento volte e que as empresas tenham confiança no futuro e invistam, é preciso garantir que os impostos não vão subir", insistiu.
Noyer também se pronunciou sobre os cortes anunciados nesta segunda-feira pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, em todo o setor público do país, que afetarão as viagens dos ministros ou funcionários públicos, os atendimentos a clientes oficiais ou as despesas correntes de todas as administrações.
Para ele, esses cortes não representam "um montante considerável" de economia, mas são "símbolo" da próxima entrada em uma etapa de "gestão rigorosa".
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