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Ban Ki-moon se despede das Nações Unidas

A partir de domingo, o ex-primeiro-ministro português, Antonio Guterres, de 67 anos, o substituirá

Ban Ki-moon: "eu me sinto um pouco como a Cinderela. Amanhã, à meia-noite, tudo muda!", brincou (Fabrice Coffrini/AFP)

Ban Ki-moon: "eu me sinto um pouco como a Cinderela. Amanhã, à meia-noite, tudo muda!", brincou (Fabrice Coffrini/AFP)

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AFP

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 19h38.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, fez uma despedida emocionada da organização nesta sexta-feira, descrevendo seus dois mandatos como chefe da instituição como um conto de fadas.

"Eu me sinto um pouco como a Cinderela. Amanhã, à meia-noite, tudo muda!", brincou, ao discursar para funcionários e colegas, ao encerrar uma década à frente da ONU.

A partir de domingo, o ex-primeiro-ministro português, Antonio Guterres, de 67 anos, o substituirá.

Guterres é o primeiro ex-chefe de governo a chefiar a ONU e sucederá Ban em um mandato de cinco anos.

Em um momento mais sério, Ban disse ter sido um privilégio estar à frente da organização que enfrentou o desafio de reduzir os conflitos globais e por fim ao sofrimento, e disse que foi uma honra ter compartilhado esta missão com seus colegas.

"Vocês devem se sentir muito orgulhosos, assim como eu estou orgulhoso de chamá-los de meus colegas", disse o diplomata sul-coreano.

Ele acrescentou que durante a década em que comandou a ONU, ele enfrentou o desafio de "nunca desistir, continuar sonhando, acreditando, e trabalhando duro até que consigamos progredir".

Ban afirmou, ainda, que como chefe da ONU, ele também foi guiado por um desejo "de manter o foco nas pessoas, nos direitos e na dignidade das pessoas... E em defender aqueles que são deixados para trás".

Como primeiro ato após deixar o mais alto posto da diplomacia global, Ban fará soar o sino da chegada do Ano Novo na Times Square, iniciando formalmente a queda da Bola de Ano Novo, um evento que costuma ser acompanhado por centenas de milhares de pessoas.

"Amanhã à noite, na véspera do Ano Novo, estarei na Times Square para a Queda da Bola - milhões de pessoas vão me assistir perder meu emprego", brincou o secretário-geral em fim de mandato.

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