O ministério aconselha os bareinitas que estão na Síria a "serem prudentes e deixarem imediatamente o país" (AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 16h41.
Dubai - O reino do Bahrein decidiu fechar sua embaixada em Damasco e repatriar seu pessoal diplomático devido à deterioração das condições de segurança na Síria, anunciou nesta quinta-feira a agência oficial BNA.
O Bahrein é o segundo país árabe do Golfo a tomar essa decisão. A Arábia Saudita havia anunciado na quarta-feira o fechamento de sua representação diplomática em Damasco e a retirada de seus funcionários.
"Devido à deterioração da segurança na Síria, o reino do Bahrein decidiu fechar sua embaixada em Damasco e retirar todos os diplomatas e agentes que trabalham no local", segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores citado por BNA.
O ministério aconselha os bareinitas que estão na Síria a "serem prudentes e deixarem imediatamente o país". Pediu àqueles que necessitarem de assistência que entrem em contato com a embaixada do Bahrein em Amã, Jordânia.
Na quarta-feira, Riad havia anunciado o fechamento de sua embaixada em Damasco e a retirada de seus diplomatas da Síria, devido à repressão à revolta popular no país por parte do regime de Bashar al-Assad.
A Arábia Saudita, país influente no mundo árabe, é muito crítico em relação ao regime sírio. Em agosto, o país retirou seu embaixador de Damasco e expulsou o sírio. Seus cinco sócios do Conselho de Cooperação do Golfo fizeram o mesmo para denunciar um "massacre coletivo" cometido pelo regime.
Na segunda-feira o ministro sírio da Informação, Adnan Mahmud, acusou a Arábia Saudita e o Qatar de serem "cúmplices" de "grupos terroristas" na Síria e de serem responsáveis pelo derramamento de sangue no país.