Mundo

Ayres Britto rejeita participação do PSD em comissões

O vice-presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, rejeitou um pedido para que a legenda tenha participação em comissões permanentes e temporárias do Congresso

Ministro Ayres Britto vota pela constitucionalidade da Ficha Limpa (AGENCIA BRASIL)

Ministro Ayres Britto vota pela constitucionalidade da Ficha Limpa (AGENCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 19h33.

Brasília - Partido do prefeito Gilberto Kassab, o PSD sofreu um revés hoje no Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, rejeitou um pedido para que a legenda tenha participação em comissões permanentes e temporárias do Congresso. Apesar de ter despachado liminarmente, Ayres Britto deixou claro que discorda da reivindicação da sigla. Segundo o ministro, os partidos que têm direito à representação nas comissões são que os passaram pelo "teste das urnas".

"O partido autor da presente ação de segurança não participou de nenhuma eleição popular. Não contribuiu para a eleição de nenhum candidato. Não constou do esquadro ideológico ou de filosofia política de nenhuma eleição em concreto. Não submeteu a nenhum corpo de eleitores o seu estatuto ou programa partidário. Ainda não passou pelo teste das urnas, enfim, porque não ungido na pia batismal do voto", disse Ayres Britto.

A ação que foi analisada por Ayres Britto no Supremo ainda será julgada de forma definitiva pelo plenário da Corte. Além de dizer que o PSD não passou pelo teste das urnas, o ministro citou o regimento interno da Câmara segundo o qual mudanças nas bancadas, decorrentes de modificações em filiações partidárias, não devem ser consideradas para a composição de comissões. "Norma regimental que, juridicamente rimada com a Constituição, não abre exceção para os casos de mudança de filiação partidária para agremiação virginalmente nova", concluiu.

A decisão de Ayres Britto frustrou as expectativas da legenda que tenta garantir outros direitos, como participação no fundo partidário e tempo de TV. Criada em setembro, a sigla quer uma fatia do fundo. Um decisão favorável poderia ter um efeito colateral para o partido. Há uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o assunto. O relator do processo, Marcelo Ribeiro, resolveu ouvir os 20 partidos que poderão perder recursos do fundo se o pedido do PSD for aceito. Em seguida, o caso deverá ser decidido pelo TSE. Em tese, quem perder poderá recorrer ao STF.

Acompanhe tudo sobre:CongressoPartidos políticosPSD – Partido Social DemocráticoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Mundo

Sete países latino-americanos respondem à retirada de embaixadores da Venezuela

OEA convoca reunião extraordinária para debater incerteza eleitoral na Venezuela

Lula e Biden irão conversar nesta terça-feira sobre as eleições na Venezuela

Protestos explodem na Venezuela após resultado contestável das eleições

Mais na Exame