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Autoridades sírias vão a Moscou discutir fim da crise

Funcionários do Ministério de Relações Exteriores foram para Moscou discutir propostas para acabar com a crise síria, que já dura 21 meses

Um morador segura um colar de oração próximo a prédios danificados por mísseis em Douma próximo a Damasco  (Karm Seif/Shaam News Network/Divulgação)

Um morador segura um colar de oração próximo a prédios danificados por mísseis em Douma próximo a Damasco (Karm Seif/Shaam News Network/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 11h01.

Beirute - Funcionários do Ministério de Relações Exteriores da Síria foram para Moscou nesta quarta-feira para discutir propostas para acabar com a crise síria, que já dura 21 meses, aparentemente criadas pelo emissário internacional Lakhdar Brahimi, disseram fontes sírias e libanesas.

O vice-chanceler Faisal Makdad e outro assessor vão sondar autoridades russas sobre os detalhes de reuniões com Brahimi em Damasco esta semana, informou uma fonte de segurança síria.

Um funcionário libanês próximo ao governo do presidente Bashar al-Assad disse que as autoridades sírias estavam otimistas depois de conversas com o enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, que se reuniu com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Moualem, na terça-feira e com o próprio Assad no dia anterior.

"Há um novo estado de espírito agora e algo de bom está acontecendo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade da questão. "É claro que agora eles (autoridades sírias) querem se reunir com seus aliados para discutir estes novos desdobramentos." Mais de 44 mil sírios morreram na revolta contra quatro décadas de governo da família Assad, um conflito que começou com protestos pacíficos, mas que se transformou em guerra civil.

Brahimi está na Síria para uma semana de conversas com autoridades do governo e alguns dissidentes, mas até agora não disse nada sobre quaisquer novas propostas ou desdobramentos.

No início de dezembro, ele manteve reuniões entre a Rússia, principal fornecedor de armas da Síria e aliada de Assad, e os Estados Unidos, que colocaram seu peso por trás da oposição. Embora ambos os lados tenham dito que queriam um acordo político, nenhum alterou a sua posição sobre Assad.

A proposta anterior de Brahimi centrava-se em um governo de transição, que deixou em aberto o papel futuro de Assad, algo que se tornou um ponto de atrito entre o governo, a oposição e as potências estrangeiras que apoiam diferentes lados.

Os líderes da oposição têm sido cautelosos sobre os recentes esforços diplomáticos, incluindo aqueles liderados por Brahimi.

Moaz Alkhatib, o chefe da Coalizão Nacional, de oposição, argumentou contra qualquer acordo que não exija a saída de Assad e disse que o grupo tinha repetidamente deixado isso bem claro.

"Nós dissemos a cada funcionário que encontramos: o governo e seu presidente não podem ficar no poder, com ou sem os seus poderes. Isso é inaceitável para os sírios", escreveu ele em sua página no Facebook na segunda-feira.

"A liderança da coalizão disse a Lakhdar Brahimi diretamente que este tipo de solução é rejeitada."

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