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Autoridade suíça investiga casos Petrobras e 1MDB

A autoridade reguladora do mercado financeiro suíço investigará conexões bancárias “suspeitas” que surgiram nos documentos vazados no Panamá

Petrobras: a Finma investigará as conexões bancárias suíças “suspeitas” (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 21h20.

A autoridade reguladora do mercado financeiro suíço, conhecida como Finma, investigará conexões bancárias “suspeitas” que surgiram nos documentos vazados no Panamá e está intensificando as apurações sobre supostas irregularidades em um fundo de desenvolvimento da Malásia e na Petrobras .

“O banco de dados vazado do Panamá é apenas a prova mais recente de como o dinheiro flui como água por múltiplas jurisdições, às vezes para fins legítimos, às vezes não”, disse o diretor do órgão, Mark Branson, em entrevista coletiva concedida em Berna, nesta quinta-feira.

Nesta semana, uma série de reportagens do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, baseada em milhões de documentos vazados do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, revelou como seus advogados, incluindo uma equipe de Genebra, trabalharam com o Credit Suisse, o UBS e outros grandes bancos para criar numerosas empresas de fachada offshore para líderes mundiais, atletas e outros clientes ricos.

A Finma investigará as conexões bancárias suíças “suspeitas”, disse Branson, pontuando que a iniciativa representa um trabalho considerável devido ao grande volume de informação. A reguladora havia dito na segunda-feira que iria “esclarecer” em qual medida os bancos suíços podem ter usado os serviços da Mossack Fonseca para determinar se violaram alguma regra bancária doméstica.

Grandes somas

O UBS informou que encerrou seu relacionamento com a Mossack Fonseca em 2010. O CEO do Credit Suisse, Tidjane Thiam, disse em entrevista, nesta semana, que seu banco não se envolve em sonegação fiscal e apenas aceita estruturas offshore que sirvam a um propósito legítimo.

Outras duas frentes de apuração internacional sobre supostos atos de corrupção se intensificaram nas últimas semanas. A Finma mantém três investigações contra instituições financeiras no caso Petrobras e quatro processos ligados a acusações de pagamentos de propinas no fundo 1Malaysia Development Bhd, conhecido como 1MDB, disse Branson.

“Há evidências concretas de que a gestão de riscos e as medidas tomadas para combater a lavagem de dinheiro não foram suficientes”, disse Branson. Diretores do 1MDB pediram demissão nesta quinta-feira depois que a investigação de uma comissão parlamentar apontou a má supervisão do fundo.

No Brasil, parlamentares buscam o impeachment de Dilma Rousseff com base em acusações de que a campanha da presidente recebeu doações ilegais de um esquema de corrupção na Petrobras. Um quarto dos bancos questionados sobre conexões com a Petrobras pode ter violado regras que servem para evitar lavagem de dinheiro, disse ele.

“A abrangência dos casos e as somas envolvidas são vastas” nas investigações brasileira e da Malásia, disse Branson. “Estamos falando de fluxos de dinheiro que chegam a vários bilhões de dólares americanos, com transações de indivíduos que alcançam centenas de milhões”.

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A autoridade reguladora do mercado financeiro suíço, conhecida como Finma, investigará conexões bancárias “suspeitas” que surgiram nos documentos vazados no Panamá e está intensificando as apurações sobre supostas irregularidades em um fundo de desenvolvimento da Malásia e na Petrobras .

“O banco de dados vazado do Panamá é apenas a prova mais recente de como o dinheiro flui como água por múltiplas jurisdições, às vezes para fins legítimos, às vezes não”, disse o diretor do órgão, Mark Branson, em entrevista coletiva concedida em Berna, nesta quinta-feira.

Nesta semana, uma série de reportagens do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, baseada em milhões de documentos vazados do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, revelou como seus advogados, incluindo uma equipe de Genebra, trabalharam com o Credit Suisse, o UBS e outros grandes bancos para criar numerosas empresas de fachada offshore para líderes mundiais, atletas e outros clientes ricos.

A Finma investigará as conexões bancárias suíças “suspeitas”, disse Branson, pontuando que a iniciativa representa um trabalho considerável devido ao grande volume de informação. A reguladora havia dito na segunda-feira que iria “esclarecer” em qual medida os bancos suíços podem ter usado os serviços da Mossack Fonseca para determinar se violaram alguma regra bancária doméstica.

Grandes somas

O UBS informou que encerrou seu relacionamento com a Mossack Fonseca em 2010. O CEO do Credit Suisse, Tidjane Thiam, disse em entrevista, nesta semana, que seu banco não se envolve em sonegação fiscal e apenas aceita estruturas offshore que sirvam a um propósito legítimo.

Outras duas frentes de apuração internacional sobre supostos atos de corrupção se intensificaram nas últimas semanas. A Finma mantém três investigações contra instituições financeiras no caso Petrobras e quatro processos ligados a acusações de pagamentos de propinas no fundo 1Malaysia Development Bhd, conhecido como 1MDB, disse Branson.

“Há evidências concretas de que a gestão de riscos e as medidas tomadas para combater a lavagem de dinheiro não foram suficientes”, disse Branson. Diretores do 1MDB pediram demissão nesta quinta-feira depois que a investigação de uma comissão parlamentar apontou a má supervisão do fundo.

No Brasil, parlamentares buscam o impeachment de Dilma Rousseff com base em acusações de que a campanha da presidente recebeu doações ilegais de um esquema de corrupção na Petrobras. Um quarto dos bancos questionados sobre conexões com a Petrobras pode ter violado regras que servem para evitar lavagem de dinheiro, disse ele.

“A abrangência dos casos e as somas envolvidas são vastas” nas investigações brasileira e da Malásia, disse Branson. “Estamos falando de fluxos de dinheiro que chegam a vários bilhões de dólares americanos, com transações de indivíduos que alcançam centenas de milhões”.

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