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Austrália quer retirar nacionalidade de jihadistas

Governo promete apresentar emendas à lei que permitam a perda ou a suspensão da nacionalidade australiana para os binacionais membros do Estado Islâmco

O premier da Austrália, Tony Abbott, discursa no Parlamento e diz que está decidido a enfrentar "a corte australiana de jihadistas endurecidos" (AFP/ Mark Graham)

O premier da Austrália, Tony Abbott, discursa no Parlamento e diz que está decidido a enfrentar "a corte australiana de jihadistas endurecidos" (AFP/ Mark Graham)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 16h59.

Sydney - A Austrália quer despojar de sua nacionalidade os indivíduos vinculados a organizações terroristas e detentores de dois passaportes, anunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, que acusou o grupo Estado Islâmico (EI) de "declarar a guerra ao mundo".

A Austrália elevou seu nível de alerta em setembro passado e multiplicou as inspeções e detenções que permitiram frustrar um suposto complô de seguidores do EI que planejavam sequestrar e decapitar um civil australiano escolhido ao acaso.

Os serviços especializados não conseguiram impedir que um extremista notório passasse à ação em dezembro: Man Haron Monis, de origem iraniana, fez 17 pessoas reféns em um café de Sydney. Dois reféns morreram, além de Monis.

O chefe de Governo, Tony Abbott, disse nesta segunda-feira que está decidido a enfrentar "a corte australiana de jihadistas endurecidos".

O Governo, acrescentou, "vai apresentar emendas à lei sobre a nacionalidade que permitam a perda ou a suspensão da nacionalidade australiana para os binacionais".

Medidas de indignidade privarão de certos direitos civis uma pessoa de nacionalidade unicamente australiana culpada de vínculos com o terrorismo.

"A ameaça interna se agrava", com 400 investigações em andamento - o dobro em um ano - e a radicalização de lobos solitários com frequência nascidos na Austrália e dispostos a responder aos chamados do EI e praticar a jihad nos países ocidentais, disse Tony Abbott.

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