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Austrália aprova imposto sobre emissões de CO2

Valor inicialmente será de 23 dólares e aumentará gradualmente até julho de 2015

Com esta taxa pretende-se incentivar a redução de emissões e assim diminuir o ritmo das mudanças do clima (Wikimedia Commons)

Com esta taxa pretende-se incentivar a redução de emissões e assim diminuir o ritmo das mudanças do clima (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 14h17.

São Paulo - A Austrália deu mais um passo na busca por energia limpa. Nesta terça-feira, o Senado do país aprovou um conjunto de leis ambientais. Um das normas será cobrar um imposto sobre emissões de dióxido de carbono a partir de 2012.

A Austrália é um país que sempre investe em energias renováveis. No mês de agosto, por exemplo, foi divulgado um estudo do Instituto do Clima da Austrália que afirmou que as mudanças climáticas afetam a saúde mental das pessoas.

Com esta taxa pretende-se incentivar a redução de emissões e assim diminuir o ritmo das mudanças do clima. As empresas que desrespeitarem a lei terão que pagar 23 dólares australianos (US$ 23,7) por cada tonelada de dióxido de carbono emitido. A aplicação de multa será válida a partir do dia 1º de julho de 2012.


O valor do imposto aumentará gradualmente até julho de 2015. Após este período será implantando um sistema de troca de emissões regulada pelo mercado. O governo pretende investir em "uma economia diferente, uma forma de emprego diferente e a produção de energias limpas", afirma a senadora e ministra de Finanças australianas, Penny Wong.

Foi reunido um pacote de 18 medidas, chamado "Lei de Energia Limpa 2011" que, se não houver emenda, será transformado em lei. Entretanto, ainda há um risco da norma ser derrubada, pois a bancada opositora pode vencer as eleições de 2013.

O líder da oposição no Senado, Eric Abetz, já deixou claro que discorda totalmente da nova lei. Para ele, esta é a "traição mais grosseira ao mandato eleitoral da história política australiana". Além disso, Abetz acredita que o imposto aumentará o custo de vida no país e não contribuirá para a proteção do meio ambiente.

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