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Audiência sobre acidente com submarino do Titanic pode esclarecer tragédia

Investigação da Guarda Costeira dos EUA busca entender o que levou à implosão em 2023

Tragédia do submersível da Titan causou 5 mortes e um longo processo na justiça americana. (Bloomberg/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 16 de setembro de 2024 às 13h43.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos deu início a uma audiência pública nesta semana para investigar a implosão do submersível Titan, que resultou na morte de cinco pessoas em junho de 2023. O acidente ocorreu durante uma expedição para explorar os destroços do Titanic, e desde então, as causas do desastre têm sido objeto de uma longa investigação, cujos detalhes foram mantidos, até agora, longe do conhecimento público. As informações são do The New York Times.

Na audiência, que começou na segunda-feira, 16, foram apresentados os primeiros resultados da investigação, incluindo uma animação que descreve as descobertas até o momento. O painel da Guarda Costeira também ouvirá cerca de duas dúzias de testemunhas, entre elas ex-funcionários da OceanGate, empresa responsável pela operação do submersível, além de especialistas em segurança marítima que podem ajudar a esclarecer o que causou a implosão.

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Detalhes da investigação

O submersível Titan desapareceu em 18 de junho de 2023, logo após perder comunicação com o navio de apoio, cerca de 640 km da costa de Newfoundland, no Canadá. A bordo estavam cinco pessoas, incluindo Stockton Rush, CEO da OceanGate; Shahzada Dawood, empresário britânico-paquistanês; seu filho Suleman, de 19 anos; Hamish Harding, explorador britânico; e Paul-Henri Nargeolet, especialista em Titanic. Quatro dias depois do desaparecimento, destroços do submersível foram encontrados a cerca de 500 metros da proa do Titanic, e restos humanos foram localizados posteriormente entre os escombros.

A audiência, liderada pelo Capitão Neubauer, busca reunir informações adicionais para completar a investigação. Ele ressaltou que essa é uma das investigações mais complexas de sua carreira, devido à localização remota do incidente, no meio do Oceano Atlântico. Neubauer também afirmou que, se forem encontradas evidências de negligência criminosa, o caso será encaminhado ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Processo contra a OceanGate

Além da audiência, a OceanGate enfrenta processos judiciais relacionados ao acidente. A família de Paul-Henri Nargeolet entrou com uma ação contra a empresa, alegando que o CEO teria enganado Nargeolet sobre a segurança do submersível. Após a tragédia, a OceanGate suspendeu todas as operações comerciais e exploratórias.

A investigação da Guarda Costeira está focada, entre outros pontos, no design do submersível e nos protocolos de segurança adotados pela OceanGate. Ex-funcionários da empresa e especialistas em engenharia e segurança marítima serão chamados para depor ao longo das próximas duas semanas, na tentativa de compreender melhor as falhas que levaram à tragédia.

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