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Atraso na transição pode causar mais mortes, diz Biden

Equipe do presidente eleito ainda não foi informada sobre plano de distribuição de vacinas da Covid-19

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Joe Biden (Jonathan Ernst/Reuters)

Joe Biden (Jonathan Ernst/Reuters)

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Sérgio Teixeira Jr., de Nova York

Publicado em 16 de novembro de 2020 às, 18h38.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou ontem que a relutância de Donald Trump de reconhecer a derrota nas urnas e o atraso na transição do governo pode significar “mais mortes”.

O democrata afirmou ainda não ter conhecimento dos planos de distribuição das vacinas da Covid-19, quando elas forem aprovadas. “Vacina e vacinação são coisas diferentes.” Garantir que 300 milhões de americanos sejam vacinados será “uma empreitada enorme, enorme, enorme”, afirmou o presidente eleito.

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Mais de dez dias depois de confirmada sua derrota, Trump segue se recusando a aceitar a vontade do eleitorado. Seus advogados entraram com mais de uma dezena de ações judiciais para tentar reverter o resultado em alguns estados-chave, mas as esperanças de sucesso são consideradas ínfimas.

A equipe de Biden ainda não manteve nenhum contato oficial com a Casa Branca para dar início ao processo de transição. Ele não está nem sequer recebendo informações de segurança nacional, o que é praxe no caso de presidentes eleitos.

“Considero [o atraso] mais vergonho que debilitante”, afirmou Biden. Ele afirmou que continua trabalhando nos preparativos. A posse acontece no dia 20 de janeiro. Por enquanto, ele anunciou apenas o nome do seu chefe de gabinete: Ron Klain, que já havia exercido a mesma função quando Biden era vice-presidente.

Além da experiência prévia, Klain também coordenou a força-tarefa do governo Barack Obama para combater a crise do ebola, em 2014.

Num discurso para falar do seu plano de recuperação econômica, Biden repetiu o que disse durante toda a campanha: o país não vai voltar a crescer enquanto o vírus não for debelado.

Biden afirmou ter participado de uma teleconferência com os presidentes de empresas como GM, Microsoft e Target, além de líderes dos maiores sindicatos americanos. Segundo o relato de Biden, todos estão comprometidos com a retomada “responsável” da economia.

Mas não houve anúncios práticos na aparição de ontem. Biden essencialmente repetiu pontos de seu programa de governo e voltou a conclamar os senadores a aprovar uma nova rodada de estímulo econômico.

Batizada de “Heroes Act”, a legislação aprovada em outubro pela Câmara (controlada pelo Partido Democrata) prevê 2,2 trilhões de dólares, incluindo o envio de dinheiro para os cidadãos e ampliação do seguro-desemprego. Mas o projeto está parado no Senado – os líderes republicanos e o governo Trump defendem um pacote menos abrangente.

Inverno sombrio

Durante uma curta sessão de perguntas, Biden foi questionado sobre sua mensagem para os americanos a respeito do período de festas. Em duas semanas acontece o Dia de Ação de Graças, feriado de quatro dias em que as famílias tradicionalmente se reúnem.

“Os especialistas disseram para mim: cinco, no máximo dez pessoas”, afirmou o presidente americano. Ele disse estar planejando uma ceia com menos convidados -- e todos serão testados. “Espero que estejamos todos juntos no Dia de Ação de Graças e no Natal do ano que vem.”

 

 

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