Exame Logo

Ativistas são detidos na China por exigir transparência

Os ativistas foram prezos por organizarem uma campanha para que as autoridades políticas revelem seu patrimônio

Policial chinês proíbe fotos em frente à sede do Partido Comunista em Pequim em abril de 2012 (Mark Ralston/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 09h53.

Pequim - Mais de 10 ativistas chineses foram detidos, e um deles indiciado por "estimular a subversão do estado", por organizar uma campanha para que as autoridades políticas revelem seu patrimônio, informaram os advogados de defesa.

As detenções contradizem a informação da imprensa oficial chinesa, que na quarta-feira destacou que a poderosa "Comissão de Disciplina" do Partido Comunista Chinês (PCC) era contra a detenção dos ativistas e recomendou uma "recepção calorosa"

Veja também

Na província de Jiangxi (sul), a militante Liu Ping, de 48 anos, foi detida no fim de abril por "incitação à subversão do poder do estado" por ter exigido, na internet, que as autoridades revelem seu patrimônio, informou o advogado Zheng Jianwei.

A polícia de Jiangxi, que não respondeu as ligações da AFP, não informou os motivos da detenção, segundo o advogado.

Em Pequim, no fim de abril, a polícia prendeu 10 militantes que exibiram uma faixa que pedia a divulgação da renda das autoridades.

Os 10 foram acusados de "reunião ilegal", segundo um de seus advogados, Liang Xiaojun.

A China recorre com frequência à acusação de "subversão" para reprimir os manifestantes.

O caso mais famoso é o do Prêmio Nobel da Paz de 2010, Liu Xiaobo, condenado a 11 anos de prisão por ter solicitado reformas democráticas.

A família do novo presidente chinês, Xi Jinping, teria uma fortuna de 376 milhões de dólares, segundo a agência Bloomberg.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinagestao-de-negociosPolíticaTransparência

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame